Sidrolandia
Mercado volta a elevar projeção para o PIB em 2010, que chega a 6,30%
Estimativa para a inflação oficial neste ano tem a 17ª alta consecutiva, e passa de 5,50% para 5,54%
17 de Maio de 2010 - 08:48
O mercado financeiro voltou a elevar a estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda-feira, 17, pelo Banco Central (BC), no levantamento realizado junto a instituições financeiras a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um avanço de 6,26% para um crescimento de 6,30%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%.
No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu de 10,30% para 10,40%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em alta de 5,00%.
Inflação e juros
O mercado financeiro também voltou a elevar a previsão para a inflação a ser apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com a pesquisa Focus, a expectativa para o índice no ano subiu de 5,50% para 5,54%, distanciando-se ainda mais do centro da meta do governo para a inflação no ano, que é de 4,50%.
Foi a décima sétima alta consecutiva na projeção para o IPCA deste ano, mas o relatório desta segunda trouxe duas notícias positivas. A primeira é que a projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses recuou de 4,83% para 4,81%. Além disso, a mediana das projeções das instituições Top 5 de médio prazo para o IPCA em 2010 ficou estável em 5,42%.
Para 2011, o mercado manteve a projeção para o IPCA em 4,80%. As instituições Top 5 também mantiveram estável a sua projeção para o IPCA em 2011 em 4,71%. Já a projeção do mercado para o IPC medido pela Fipe recuou de 5,51% para 5,50% e para 2011 ficou estável em 4,50%.
A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2010 manteve-se em 11,75% ao ano. A projeção para a taxa no fim de 2011 permaneceu em 11,50% ao ano. Atualmente, a taxa básica está em 9,50% ao ano.
Câmbio e contas externas
Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 ficou em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana seguiu em R$ 1,85. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 ficou em R$ 1,80.
O mercado financeiro também alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano recuou de US$ 49,90 bilhões para US$ 49,25 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos permaneceu em US$ 58,85 bilhões.
A previsão de superávit comercial em 2010 subiu de US$ 13 bilhões para US$ 13,75 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial passou de US$ 5 bilhões para US$ 5,30 bilhões.
Analistas mantiveram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 em US$ 38 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu em US$ 40 bilhões.