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Sidrolandia

Milene tenta se livrar da alcunha de ex-mulher do Ronaldo

Ela é dona do recorde de embaixadinhas feitas por uma mulher: 55 mil, em mais de nove horas de exercício.

Gazeta Esportiva

10 de Agosto de 2010 - 09:00

Foi um dos expoentes do crescente futebol feminino, no final dos anos 90. Atuou com sucesso em clubes da Espanha e da Itália. Quebrou paradigmas ao se tornar a primeira mulher a entrar em um estádio de futebol árabe, em 2005, quando fez embaixadinhas a convite de um Sheik de Abu Dhabi. É também a ex-mulher de Ronaldo, alcunha da qual Milene Domingues quer se livrar.

"A televisão tem esse poder. O fruto do meu trabalho vai ser quando as pessoas esquecerem que eu fui mulher dele. Ele vai ser para sempre parte da minha vida, é o pai do meu filho e não tenho problemas com essa identificação, mas vai ser uma coisa natural (perder a alcunha)", afirmou a ex-jogadora, esperando mudar sua imagem com o emprego de comentarista esportiva em um programa de debate entre mulheres na Rede TV!.

Ela vai dividir bancada com a ex-zagueira Juliana Cabral e as jornalistas Gabriela Pasqualin, Marília Ruiz e Paloma Tocci. Esta última franziu a testa ao ver a companheira novamente ser definida pelo seu ex-marido. "Não é mais assim", rebateu a apresentadora. Milene sabe que é, pelo menos aos olhos do grande público. E garante estar preparada para, mais uma vez, sobressair em relação à fama de Ronaldo, com quem teve um filho, Ronald.

"Se eu consegui isso (deixar de ser conhecida como a ex de Ronaldo) na Espanha... Lá eu cheguei apenas como mulher do Ronaldo. Ninguém me conhecia. Hoje, meu nome na Espanha é muito forte. Trabalhei como comentarista em televisão, rádio, até em imprensa escrita", afirmou Milene, satisfeita com a volta ao Brasil. Ela ainda precisa resolver pendências em Madri antes de se restabelecer de vez no país. Ronald também está animado e sua adaptação à nova realidade não preocupa a comentarista.

"Pela primeira vez, estamos convivendo em família. Quem não se adapta ao Brasil? O sangue brasileiro dele está mais vivo do que nunca", disse, ao falar do filho italiano, nascido em Milão. A mudança reaproximará Ronald de seu pai, que em Sabatina à Folha de S. Paulo, em 2009, afirmou preferir o filho morando na Europa. "O Ronald não fala palavrão, é um menino doce, muito bem educado. É praticamente um europeu", disse o Fenômeno.

"O que ele quis dizer é que a liberdade lá fora é maior. Aqui, você tem que ter carro blindado, e não é só quem é famoso. A segurança é o mais importante. Na Espanha, nunca um adolescente sai de casa sem casar, de repente, como acontece com os brasileiros. Mas eu sou brasileira e a educação do meu filho sou eu quem dou. Não tenho preocupação", garantiu Milene. Segundo ela, Ronald não quer mais saber de Espanha.