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Sidrolandia

Mizael nega assassinato de Mércia e diz que vai processar testemunha

A polícia tomou um rumo de calúnia, não de investigar”, afirmou o policial militar reformado, que voltará a falar com a imprensa na sexta e diz que nunca vão conseguir provar nada contra ele

Abril

15 de Julho de 2010 - 15:11

O advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, 40 anos, negou novamente ter assassinado a ex-namorada Mércia Nakashima, 28 anos, que foi encontrada morta no dia 11 de junho em uma represa de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, após ficar 19 dias desaparecida.

“Não fiz nada. Não matei ninguém, jamais mataria ninguém. E eu vou provar isso. Aliás, quem tem que provar são eles (os procuradores de Justiça), mas eles nunca vão conseguir”, afirmou Mizael em entrevista à TV Record na tarde desta quinta-feira (15).

O policial se disse muito chateado pelas acusações feitas contra ele, mas afirmou estar tranquilo por ser inocente. “A polícia tomou um rumo de calúnia, não de investigar”, afirmou.

Mizael disse o vigia Evandro Bezerra da Silva, 38 anos, mentiu quando disse que o policial vinha planejando executar Mércia desde o início de maio por se sentir rejeitado. Perguntado se pretende processar quem o acusou caso fique livre, ele disse que “No final de tudo isso, nós vamos tomar as medidas cabíveis sim”.

Para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Mércia foi morta por Mizael. Ele teria decidido se vingar da advogada por ter sido rejeitado por ela. O PM, acrescentou a polícia, contou com a ajuda de Evandro, preso em Sergipe. Os dois são amigos e se conheceram em 2004, quando Mizael fazia "bico" como segurança.

Mizael voltará a falar com a imprensa na sexta (16), por volta das 14h, ainda segundo a TV Record.

Indiciado
O PM foi indiciado na quarta (14) pelo assassinato da ex-namorada, informou o delegado responsável pelas investigações, Antonio Olim, segundo informações da Secretaria de
Segurança Pública (SSP). No mesmo dia, a ordem de prisão temporária expedida contra Mizael foi revogada e ele deixou de ser foragido. A Justiça negou ainda pedido do Minsitério Público (MP) para que a prisão temporária fosse convertida em preventiva.

Na terça (13), o advogado Samir Haddad Junior, que defende o acusado, entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de
Justiça de São Paulo (TJ-SP), alegando que a polícia não tem uma prova concreta do envolvimento de seu cliente no crime.