Sidrolandia
Para Jean, requerimento da oposição sobre o difícil acesso foi inoportuno: Prefeito já havia decidido voltar atrás
Na avaliação de Jean a oposição insistiu com a solicitação por um mero capricho, já que segundo ele, o assunto teria sido amplamente discutido no governo.
10 de Novembro de 2017 - 08:36
Um requerimento de autoria do vereador Waldemar Acosta (PDT) gerou polemica e provocou certa instabilidade na base aliada do prefeito Marcelo Ascoli (PSL), na Câmara Municipal. O presidente da casa, Jean Nazareth (PT), teve de sair de sua posição para respaldar com voto de minerva o arquivamento do requerimento que cobrava o Executivo à volta da gratificação por difícil acesso aos professores da zona rural, já que houve empate em 7 a 7.
Na avaliação de Jean a oposição insistiu com a solicitação por um mero capricho, já que segundo ele, o assunto teria sido amplamente discutido no governo e o prefeito, voltado atrás em conceder a gratificação. A tentativa de jogar para plateia, usando o magistério como massa de manobra é inaceitável. É preciso que o homem público aja com responsabilidade, recomenda Nazareth.
O presidente afirmou em entrevista ao RN que o prefeito se reuniu com alguns vereadores e se mostrou sensível às ponderações, entendeu ser justo restabelecer o pagamento da gratificação do difícil acesso aos professores da zona rural. Portanto, não fazia o menor sentido aprovarmos um requerimento cobrando uma medida do Executivo (que voltasse a pagar o benefício) já que havia este entendimento, argumenta Jean.
Ele lembra que o prefeito na terça-feira pela manhã se reuniu com lideranças indígenas, manifestou sua intenção de restabelecer o pagamento do difícil acesso (que garante um adicional de 15% sobre o salário-base).
Com o acordo, eles suspenderam a manifestação programada para quarta-feira, quando prometiam protestar em frente do Paço Municipal. Portanto, o acordo já era de conhecimento público, tendo sido noticiado inclusive pelo regiaonews e obviamente dos vereadores da oposição, que o cancelamento do difícil acesso tinha sido revisto, complementa.
O presidente da Câmara Municipal se diz preocupado com o rumo em que os debates estão tomando no legislativo. Em sua avaliação, há muito discurso e poucas ações no sentido de contribuir com o bem comum. Ele cita como, exemplo, as críticas da oposição na área da Saúde, quando deveriam formar uma comissão de parlamentares e pressionar o governo do estado que deve ao município quase R$ 1 milhão em repassas atrasados. A receita despencou quase R$ 9 milhões no acumulado até agora. Sem dinheiro não há milagre. Isto ninguém fala, finaliza.