Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Terça, 24 de Setembro de 2024

Sidrolandia

Polícia mineira procura cidadão comum que pediu habeas corpus do goleiro Bruno

Na tarde desta quinta-feira, a polícia deve retomar seu depoimento, iniciado na quarta-feira mas interrompido devido ao cansaço do jovem.

O globo

15 de Julho de 2010 - 15:24

A polícia mineira procura um cidadão comum, de nome João Carlos Melo. Foi ele quem entrou com pedido de habeas corpus para do goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, nesta quarta-feira. O habeas corpus foi apresentado no Tribunal do Júri do Fórum de Contagem, na Grande Belo Horizonte, e encaminhado para o Tribunal de Justiça (TJ). Os advogados do goleiro afirmaram no início da manhã desta quinta que apresentariam o pedido nesta sexta-feira, mas a assessoria do tribunal informou que qualquer pessoa pode apresentar o pedido. Na página do TJ não consta o nome de quem entrou com o habeas corpus, que ainda não tem data para ser analisado.

Bruno Fernandes das Dores Souza, de 25 anos, está preso há uma semana suspeito de envolvimento no assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio, ocorrido, segundo a polícia, em 9 de junho.

Além de Bruno, outras sete pessoas estão presas suspeitas de envolvimento no crime, mas o pedido é apenas para o atleta. Um primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales, teve o pedido de revogação da prisão temporária apresentado à Justiça mas seu advogado, Marco Antônio Siqueira, acredita que somente no início da próxima semana ele deve ser analisado pela juíza Marixa Fabiane Lopes, de Contagem.

Outro primo do jogador, um adolescente de 17 anos, também está apreendido por envolvimento no caso. Na tarde desta quinta-feira, a polícia deve retomar seu depoimento, iniciado na quarta-feira mas interrompido devido ao cansaço do jovem.

Ele já prestou ao menos quatro depoimentos no Rio de Janeiro e um em Minas e deve ser ouvido no Centro de Internação Provisório (Ceip), no bairro Horto, na capital mineira, para onde foi transferido com autorização da Justiça fluminense.

Nesta quinta-feira, a Justiça mineira pediu a quebra de sigilo telefônico de mais cinco suspeitos: do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Paulista, acusado de ter executado Eliza; de Wemerson Marques, o Coxinha; Flávio Caetano de Araújo, o Flavinho; do administrador do sítio de Bruno, Elenílson Vitor da Silva; e do menor de 17 anos, primo de Bruno. A decisão foi tomada atendendo a um pedido da Delegacia de Homicídios. Na quarta-feira, a juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal de Justiça de Contagem, havia determinado a quebra do sigilo telefônico do goleiro , mas o Tribunal de Justiça de Minas não confirmou se o pedido foi deferido.

No início da tarde desta quinta-feira, Bola foi levado da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para o Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), na capital. A polícia tem expectativa de que nesta quinta ele concorde em falar, já que na semana passada, quando foi preso por ordem da Justiça, ele se recusou a prestar a depoimento. Os advogados do suspeito não haviam aparecido na unidade até o meio da tarde.

O objetivo é verificar os telefonemas feitos e recebidos pelos suspeitos, bem como a localização deles nos dias que antecederam a morte de Eliza.