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Sidrolandia

Por que a Fifa rejeita a tecnologia

Mas, por mais que a pressão aumente, a Fifa não vai adotar técnologia, nem parar um jogo de futebol para esclarecer dúvidas, como ocorre em outros esportes.

Redação de Notícias

28 de Junho de 2010 - 10:25

Sempre que ocorrem lances como os de domingo, nos jogos entre Alemanha e Inglaterra (na foto, a bola por Lampard bateu além da linha depois de se chocar no travessão, mas a arbitragem não viu), Argentina e México (gol de Tevez em impedimento), volta com força o debate sobre o uso da tecnologia no futebol - principalmente quando a imagem de uma das 32 câmeras do jogo tira qualquer dúvida sobre o equívoco.

Mas, por mais que a pressão aumente, a Fifa não vai adotar técnologia, nem parar um jogo de futebol para esclarecer dúvidas, como ocorre em outros esportes.

Além disso, há o espírito do próprio futebol - e isso que mais preocupa a Fifa.

A Fifa sabe que nem todos os lugares poderão adotar equipamentos para usar a tecnologia na arbitragem, e ela jamais vai admitir dividir o futebol em dois, um com tecnologia e outro sem. Por isso, nem a bola com chip pôde ser utilizada. Poucos estádios teriam condições econômicas para instalar sensores nas goleiras.

O que vai resolver muito são os árbitros atrás de cada gol, uma mudança já autorizada pela própria Fifa, até porque a imensa maioria dos lances polêmicos ocorre dentro da área, bem perto de onde ficarão os árbitros auxiliares.

Na rodada de domingo, por exemplo, um árbitro atrás da goleira teria validado o gol de Lampard, da Inglaterra, e anulado o de Tevez, da Argentina. Ele veria claramente os lances.

Todas as confederações foram autorizadas dias atrás a utilizar mais dois árbitros, um atrás de cada goleira. Mas até nisso a Fifa é cautelosa: qualquer confederação só poderá adotar a novidade se fizer isso em todos os seus campeonatos, para que não haja diferenças nem o desequilíbrio.