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Sidrolandia

Presidente do PSDB aponta ‘conspiração’ do PT e de Dilma

Sérgio Guerra diz que PT "não está disposto" a aceitar eventual derrota. Tucano aponta uso da máquina pública por Lula e em apuração da PF.

G1

14 de Outubro de 2010 - 22:46

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), convocou a imprensa no fim da tarde desta quinta-feira (14) para apontar a existência de uma “conspiração” contra a campanha do candidato do partido à Presidência, José Serra, por parte do PT e da campanha da petista Dilma Rousseff.

Para o tucano, há um “movimento de agressão” ao PSDB. “Há uma conspiração contra nós que usa serviço público e não respeita padrões democráticos”, disse.

O G1 deixou recado no celular do presidente do PT, José Eduardo Dutra, que coordena a campanha de Dilma, e aguarda resposta.

Citando o debate entre os candidatos do último domingo (10), Guerra apontou "mudança de atitude" de Dilma na campanha no segundo turno, rumo a um tom mais agressivo.

Atribuiu o movimento a uma estratégia deliberada de campanha. “A única explicação é o reconhecimento de que a intenção de voto não está produzindo conforto. Quem é favorito não muda a atitude na campanha”, disse.

Tucano cita caso Erenice e declarações de Lula e Gabrielli
Como exemplo do que chamou de “conspiração” do PT contra seu partido, Guerra citou o fato de a Polícia Federal ter pedido prorrogação do prazo para concluir o
inquérito que apura denúncias de tráfico de influência na Casa Civil.

“[O pedido de prorrogação] Tem um objetivo político claro de favorecer a campanha da Dilma Rousseff, de matar esse assunto ao menos enquanto houver campanha”, afirmou.

O presidente do PSDB também fez referência a declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta (13), durante atos oficiais no Piauí.

Durante evento em Teresina, o presidente agradeceu o público pela derrota de dois senadores de oposição que em 2007 votaram contra a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), que destinava recursos para a saúde. Disse que “Deus fez a vingança”.

No estado, os senadores Mão Santa (PSC) e Heráclito Fortes (DEM) não conseguiram se reeleger. Lula não citou os nomes dos senadores no discurso.

“Quero aqui, de coração, sem falar de política, agradecer a vocês, porque vocês derrotaram duas pessoas aqui neste estado, que prejudicaram tirando R$ 120 bilhões da saúde. [...] Como Deus escreve certo por linhas tortas, Deus fez a vingança que eu acho que era necessária: colocar gente mais digna, de mais respeito, para representar com mais dignidade o estado do Piauí neste país”, disse Lula.

Guerra também criticou nota divulgada pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, rebatendo declarações do tucano David Zylbersztajn, que presidiu a Agência Nacional de Petróleo durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Na nota, Gabrielli diz que “para o governo FHC, a Petrobras morreria por inanição”. Para o presidente do PSDB, as declarações divulgadas por meio de nota sinalizam uso da máquina pública. O G1 está tentando entrar em contato com a assessoria da Petrobras.