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Sidrolandia

Presidente Lula almoça com Chávez em Brasília

Segundo assessores políticos, o presidente vai sugerir que o venezuelano suavize o discurso

Agência Brasil

28 de Abril de 2010 - 07:04

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoça hoje com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Às voltas com as eleições parlamentares venezuelanas e as críticas internas e externas decorrentes da crise energética, do desabastecimento de água e de alguns produtos alimentícios, Chávez desembarca em Brasília. Segundo assessores políticos, o presidente vai sugerir que o venezuelano suavize o discurso.

De acordo com especialistas que acompanham as negociações de política externa, Lula vai argumentar que um discurso mais diplomático colabora para a unidade da América Latina. O presidente vai defender a importância da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e do Mercosul  - a Venezuela aguarda a aprovação do Paraguai para seu ingresso no bloco econômico, o que não deve ocorrer este ano, segundo analistas.

Paralelamente, Lula deve elogiar os esforços do governo Chávez para superar as dificuldades decorrentes da crise energética – apagões, falta de algumas mercadorias e desabastecimento de água.

O apoio do presidente ocorre a cinco meses das eleições parlamentares na Venezuela. Ao contrário das disputas anteriores, desta vez a oposição indica que dificultará a ação de Chávez. Há chances de a oposição ocupar espaço entre as 167 cadeiras da Assembleia Nacional – atualmente dominada pelo governo.

Consciente das dificuldades políticas que enfrenta, Chávez apelou para que os aliados intensifiquem os esforços para manter a maioria no Parlamento. A reação ocorre no momento em que o governo é pressionado a tomar cada vez mais providências para conter o avanço da crise energética.

Em Brasília, Lula e Chávez deverão reafirmar a amizade que os une. Durante a visita deverão ser assinados acordos bilaterais incluindo as áreas de processamentos de grãos, de siderurgia, energia e infraestrutura.

A ideia é que antes de o presidente deixar o governo, em janeiro, ele mantenha uma nova rodada de negociações com Chávez.