Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 19 de Setembro de 2024

Sidrolandia

PT ainda não tem substituto de Dagoberto para o Senado

Redação de noticia

22 de Junho de 2010 - 09:50

O comando da campanha do ex-governador Zeca do PT ainda não tem em mente um nome para substituir o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) na eventualidade de ele não conseguir registrar sua candidatura ao Senado junto ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Dagoberto corre contra o tempo para viabilizar sua candidatura desde que a lei Ficha Limpa (proíbe políticos condenados pela Justiça de participar de eleições) foi sancionada pelo presidente Lula e reconhecida pelo TSE (Tribunal Regional Eleitoral).

No dia 29 e abril deste ano, a 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, manteve sentença contra o deputado por ele ter privatizado a Polícia Militar, quando exercia o cargo de Secretário de Justiça e Segurança Pública, no governo de Zeca, em 2003.

Na época, Dagoberto autorizou contratação de empresa terceirizada de segurança para instalar centrais que acionavam diretamente a Polícia Militar, facilitando o atendimento de chamadas realizadas por bares, supermercado, entre outros estabelecimentos comerciais.

Em entrevista à imprensa, o presidente do TRE, desembargador Luis Carlos Santini, afirmou que qualquer cidadão que tenha sido condenado por órgão colegiado, independente da data do julgamento, não poderá disputar as eleições deste ano, com base na Lei Ficha Limpa.

Para ele, a regra vale para aqueles que foram julgados antes mesmo da promulgação da lei.

O desembargador adverte que quem tiver sido condenado por órgão colegiado, mesmo sem trânsito em julgado, estará automaticamente inelegível.

Outra decisão de turma colegiada que pesa contra o deputado federal refere-se ao fato de ter sido condenado este ano pelo Tribunal de Justiça a devolver aos cofres públicos R$ 1,1 milhão (100 vezes o salário que recebia como secretário de Segurança, no governo Zeca do PT).

Esta condenação foi em razão dele ter utilizado propaganda institucional para promoção pessoal (imagens e declarações) por meio de tablóide sobre a Lei Seca, que foi distribuído na área central da Capital.

Apesar disso, nenhuma liderança pedetista ou petista admite a hipótese de um plano B na eventualidade de o deputado ficar fora do próximo pleito.

No entanto, o nome da ex-primeira-dama do Estado, Gilda dos Santos, pré-candidata ao Senado na chapa de Dagoberto, estaria sendo lembrada para postular o cargo ao lado do senador Delcídio do Amaral (PT), em plena campanha pela reeleição.

Esse imbróglio político só será resolvido na convenção do dia 27 na qual o PT homologará suas candidaturas aos cargos majoritários e proporcionais. 

Particularmente, o ex-governador não acredita na hipótese de o pedetista ficar inelegível.

“Tudo isso é uma tentativa de minar uma candidatura que assusta muito.  O Dagoberto vai ser candidato sim, vai disputar e vai ganhar essa vaga do Senado, pode crer nisso, previu Zeca ao ser questionado por repórteres ao assistir no domingo ao jogo válido pela Copa do Mundo entre a seleção do Paraguai e da  Eslováquia, na Colônia Paraguaia, em Campo Grande.