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Sidrolandia

São Paulo vacila, mas agarra vaga nos pênaltis

A mística de sofrimento que acompanha o São Paulo em confrontos mata-mata da Copa Libertadores nos últimos anos voltou à tona na noite desta terça-feira no Morumbi.

Redação de noticia

05 de Maio de 2010 - 08:18

Mesmo melhor durante toda a partida e com duas bolas carimbadas na trave, o Tricolor não conseguiu furar o bloqueio do invicto Universitário, do Peru, e assegurou a vaga apenas na cobrança de pênaltis. Numa situação semelhante, o time despachou os argentinos Rosario Central e Estudiantes em 2004 e 2006.

Para avançar às quartas de final da competição, os são-paulinos foram premiados por uma ironia do destino. Sem trabalho ao longo dos 90 minutos, Rogério Ceni brilhou nos pênaltis e voltou a comandar sua equipe num momento delicado. Após os peruanos largarem na frente, o goleiro chutou sua cobrança nas mãos do arqueiro rival Llontop. Depois do revés inicial, o capitão sentiu a adrenalina falar mais alto e fez duas ótimas defesas, conduzindo o elenco de Ricardo Gomes ao triunfo.

Na quarta série de penalidades, Rogério pulou para o canto esquerdo. A bola se encaminhou na direção oposta, mas saiu caprichosamente ao lado da trave. Após as arriscadas conversões de Hernanes e Marcelinho Paraíba, Dagoberto deslocou Llontop e correu para comemorar junto aos seus companheiros. Assim como na campanha de 2009, os paulistanos podem encarar o Cruzeiro nas quartas de final.

Caso o prognóstico se confirme, o último jogo voltará a ser no Morumbi. Diante do mesmo cenário no ano passado, a Raposa seguiu às semifinais com duas vitórias. No entanto, para chegar até as quartas os mineiros terão que eliminar os uruguaios do Nacional. Uma derrota por um gol de diferença no Mineirão seria suficiente para selar o novo confronto brasileiro.

Se nos pênaltis Rogério se destacou, o nome do jogo no tempo normal foi o peruano Llontop. O goleiro reserva do Universitário parou as poucas finalizações do São Paulo no primeiro tempo, quando a equipe paulistana ainda não tinha Washington. O treinador Ricardo Gomes, que apostou na entrada de Fernandinho para ampliar a velocidade do time, colocou o "Coração Valente" apenas na segunda etapa, na vaga de Jorge Wagner.

O Tricolor adotou a pressão por vezes desordenada nos 45 minutos finais, mas criou número muito maior de chances. A última delas veio nos acréscimos com Marcelinho Paraíba. O meia-atacante, que acabara de substituir Fernandinho, disparou um petardo de fora da área e a bola passou à esquerda da meta peruana. A redenção viria pouco depois com a cobrança perfeita de uma das penalidades convertidas pelo tricampeão da Libertadores. Apesar do sufoco, o peso da camisa pesou na reta derradeira.