Sidrolandia
Seguro defeso em atraso deve ser pago a pescadores de MS na próxima semana
Mais da metade dos pescadores profissionais do estado ainda não conseguiu receber nenhuma parcela do benefício.
G1 MS
02 de Janeiro de 2018 - 09:33
Em Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, muitos pescadores profissionais estão com dificuldades para receber o seguro defeso, que é o benefício do governo federal destinado para as pessoas que sobrevivem da pesca e que neste período são proibidos de exercer a atividade, em razão da reprodução dos peixes (piracema).
Segundo a Federação Nacional de Pesca, o profissional que não recebeu o salário neste mês de dezembro, deve receber o benefício junto com a próxima parcela, prevista para ser liberada neste mês de janeiro.
O atraso está prejudicando pescadores como Lucilene Soares. Ela está há mais de um mês fora do rio e como a pesca sempre foi a única fonte de renda da família, neste período ela depende do seguro defeso. A pescadora diz que entregou toda a sua documentação no prazo, mas que houve um erro na digitação do número de inscrição social dela, o que pode ter provocado a demora para a liberação do recurso.
Outro pescador que enfrenta dificuldades com o atraso é Sebastião Lima. Ele conta que entregou tudo no prazo, mas que até agora nem sinal do benefício. Só nos mandam esperar, mas está muito difícil, comenta, completando que está recorrendo a bicos para conseguir pagar as contas. A ceia de Natal deste ano, só foi garantida com a ajuda dos filhos.
O problema não afeta somente a Lucilene e o Sebastião. Em Mato Grosso do Sul em 2017, mais de 3 mil pescadores deram entrada no pedido do seguro defeso nas colônias e sindicatos de pescadores, mas até agora, de acordo com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mas da metade deles ainda não conseguiu receber nenhuma parcela do benefício.
Segundo o INSS, essa demora no pagamento do benefício é por causa do número reduzido de servidores. Atualmente seis pessoas são responsáveis em analisar o pedido do seguro defeso dos pescadores de dez municípios do estado.
A Federação Nacional de Pesca diz que o que torna o processo mais lento são problemas com o cadastro dos pescadores.
A previsão, segundo o INSS, é que até o dia 8 de janeiro, os pagamentos que não foram feitos, comecem a ser liberados.