Sem-terra ligados à FAF protestam em frente ao Incra na Capital

Um grupo de sem-terra ligados à FAF (Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar) protesta esta manhã em frente ao prédio do Incra, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

José Francisco dos Santos, 52 anos, coordenador da FAF, afirma que há trabalhadores dos acampamentos Boa Esperança, em Sete Quedas, Cachoeira, em Tacuru, Futura Geração, em Paranhos e Taquaperi, em Sete Quedas.

Munidos de faixas, eles cobram celeridade para assentar as famílias. Neste momento representantes do movimento estão reunidos com o secretário agrário do Incra.

Manifestações - Neste mês, os trabalhadores sem-terra intensificaram a pressão pela reforma agrária, como parte do Abril Vermelho. Na semana passada, o MST esteve reunido com o Incra que garante que investiu R$ 230 milhões na estruturação dos assentamentos sul-mato-grossenses, considerando o biênio 2009/2010.

Desse montante, conforme o órgão, R$ 42,8 milhões, ou 18%, foram usados, segundo Incra, para a aquisição de cinco fazendas localizadas em São Bandeirantes, Gabriel do Oeste e Terenos.

O MST reclama da falta de estrutura, depois da entrega de lotes aos trabalhadores e a lentidão no assentamento de novas famílias.

Na quinta-feira, um grupo de 300 acampados ocupou a sede do Incra em Dourados e na sexta, famílias fizeram amnifestação em frente a duas agências bancárias de Ponta Porã, cobrando acesso ao crédito rural.

Também na semana passada, a Fetagri (Federação dos Trabalhadores em Agricultura) fez protesto de 3 horas nas rodovias, interditando 8 pontos no Estado.

Amanhã, missa organizada pela Famasul - federação que representa dos produtores rurais, realiza missa na igreja Sagrado Coração, na avenida Mato Grosso, em Campo Grande, pela paz no campo e como reação as ações dos sem-terra.