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Sidrolandia

Vacina contra a gripe na gravidez também protege recém-nascido

E, já que eles não podem receber a vacina, a imunização da mãe durante a gestação traria muitos benefícios

Minha Vida

15 de Outubro de 2010 - 16:30

As mulheres que acabaram de ter filhos podem protegê-los contra resfriados e outros problemas respiratórios nos primeiros seis meses de vida tomando a vacina contra a gripe, segundo especialistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

De acordo com os pesquisadores, embora os bebês com menos de seis meses apresentem menos casos de gripe do que os mais velhos, eles estão mais propensos a serem internados por causa de infecções respiratórias.

E, já que eles não podem receber a vacina, a imunização da mãe durante a gestação traria muitos benefícios.

Avaliando mais de mil mães e bebês durante três temporadas de gripe, pesquisadores confirmaram que a vacinação da mãe contra a gripe pode evitar que as crianças menores de seis meses contraiam infecções respiratórias.

Na temporada de gripe posterior ao nascimento, bebês cujas mães eram vacinadas tinham 41% menos chances de ter infecções como a gripe e 39% menor risco de serem hospitalizados por causa dessas doenças, comparados aos filhos de mulheres não imunizadas.

Publicados na edição de outubro da revista científica Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, os resultados indicaram, ainda, que os bebês de mulheres vacinadas durante a gestação apresentavam maiores níveis de anticorpos contra o vírus da gripe no nascimento e aos dois e três meses de idade.

E os efeitos seriam ainda mais significativos em relação ao vírus da nova gripe A H1N1, cuja infecção é muito mais grave para gestantes e recém-nascidos.

A vacinação, principalmente no primeiro ano de vida do bebê (quando as defesas do organismo ainda são muito frágeis), assume papel de grande importância.

Porém, um estudo realizado pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo mostra que apenas 70% das crianças pertencentes às famílias de classe A da região Sudeste do Brasil recebem todas as doses de imunização, recomendadas pelo Ministério da Saúde, nos primeiros 18 meses de vida.

"Este dado é muito sério, porque estamos falando e crianças com acesso a hospitais e postos de saúde, inclusive da rede privada.

Os pais têm informação e recursos, ou seja, só podemos entender que se trata de negligência", afirma a pediatra Fátima Avelino, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

O calendário oficial, disponível gratuitamente na rede pública, inclui doses contra doenças como tuberculose, caxumba, meningite, hepatite B, poliomielite (paralisia infantil) e sarampo