Brasil
“O problema do Brasil são os ricos”, diz Lula no RS
Lula afirmou que se os pobres estiverem consumindo, “a economia vai para frente”.
Correio do Estado
17 de Agosto de 2024 - 08:51
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (16) que o papel do governo é distribuir recursos à população via bancos públicos para fazer a economia girar.
"A hora que todo mundo tiver um pouco, a gente vai perceber que a economia vai melhorar, o desemprego vai cair. Estamos com o melhor índice desde 2014", disse o presidente, referindo-se à taxa de desemprego.
"Dinheiro parado só interessa a banqueiro e especulador, quero dinheiro circulando na mão do povo. O problema do Brasil não é o povo pobre trabalhador, o problema são os ricos, porque o pobre, se estiver consumindo, a economia vai para frente e todo mundo vai viver bem neste país", completou o mandatário, em agenda em São Leopoldo (RS).
Em viagem ao estado para inaugurar obras e entregar moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, o presidente também voltou a criticar a insatisfação de parte do setor agropecuário junto ao seu governo.
"O agronegócio está reclamando do quê? Nunca teve um Plano Safra [do tamanho] como teve no nosso governo. Duvido que em algum momento alguém tratou eles com a decência e o respeito como fizemos eu e a Dilma [Rousseff]", afirmou Lula.
"Eu não pedi favor nem vou pedir. Eles que falem e façam o que quiser, porque a agricultura é muito importante para o país e para o mundo", completou o presidente.
Em julho, o governo anunciou um Plano Safra para 2024 e 2025 com a cifra recorde de R$ 400,5 bilhões. Na época, ele afirmou que os responsáveis por tomar terra de fazendeiros no país são os banqueiros, não o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra).
Na cidade gaúcha, o ministro da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do estado, Paulo Pimenta, também destacou os recursos injetados pelo governo para o estado se recuperar da enchente. Ele citou a suspensão da dívida do estado junto à União por 36 meses, os empréstimos subsidiados e a liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Segundo o ministro, essas políticas fizeram a economia do estado girar, reverteram a queda de arrecadação e impulsionaram o resultado da indústria no mês de julho. Em evento mais cedo nesta sexta, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que há uma demora no repasse de verbas por parte do governo federal.