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CAMPO GRANDE

Terceirização do Bioparque está mais perto de sair do papel

Governador de Mato Grosso do Sul anunciou reunião com presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento para próxima segunda-feira (23)

Correio do Estado

19 de Outubro de 2023 - 13:18

Terceirização do Bioparque está mais perto de sair do papel
Bioparque tem despesas que somam R$ 1,2 milhão por mês e aguarda concessão desde antes de sua inauguração - Gerson Oliveira/ Correio do Estado.

Após anos sendo um "elefante branco", o aquário de Campo Grande foi inaugurado em 28 de março de 2022 e tornou-se o Bioparque Pantanal que agora, passados pouco mais de 500 dias com entrada gratuita, está com sua terceirização cada vez mais próximas de sair do papel.

Essa confirmação veio por parte do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, durante o Congresso Nacional das Academias Estaduais de Letras 2023, no próprio Bioparque Pantanal, considerado o maior aquário de água doce do mundo.

"Eu vou segunda-feira no BNDES, tenho uma agenda com o presidente (Aloizio Mercadante Oliva) lá e vamos tratar também do processo de concessão, não só do Bioparque, mas também do Parque das Nações", argumento Eduardo Riedel.

Importante destacar que essa terceirização não é novidade, sendo estudada desde a inauguração do Bioparque Pantanal, que passou a receber o público oficialmente a partir de 02 de maio de 2022.

Entenda

Esse diálogo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estende-se desde a inauguração do complexo, que até então mantém as entradas gratuitas, mas já com a visão de quando as visitas passarão a ser cobradas.

Com uma empresa contratada, desde a gerência até as futuras explorações comerciais ficarão a cargo de quem levar a concessão. Entretanto, nesse projeto do Governo do Estado a ideia é conceder não só o Bioparque Pantanal.

Os parques das Nações Indígenas e do Prosa, além do Museu de Arte Contemporânea (MARCO), também integram essa iniciativa que visa atrair capital privado.

Com despesas que somam R$ 1,2 milhão ao mês, a administração do Bioparque já havia sido concedida para o Grupo Cataratas, responsável por gerenciar o Cristo Redentor (RJ) e as Cataratas do Iguaçu (PR), porém o conglomerado desistiu assim que as obras foram concluídas.

Com 19 mil metros quadrados, o Bioparque esteve há anos envolto em paralisações, passando por três mandatos de governo e 13 licitações, com um total de R$ 230 milhões investidos, segundo o ex-governador Reinaldo Azambuja.

Ao todo são  33 tanques, sendo 23 internos e 8 externos, além de um tanque de abastecimento e outro de descarte de efluentes. Além de ponto turístico, o espaço com cinco milhões de litros de água no total é também centro de pesquisas e estudos do Pantanal sul-mato-grossense.