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Economia

Condições climáticas desfavoráveis podem afetar próxima safra da cana-de-açúcar

Dourados Agora

07 de Fevereiro de 2012 - 14:33

De acordo com o que havia sido previsto ao longo da safra, o volume processado de cana-de-açúcar na safra 2011/12 não superou os 495 milhões de toneladas no país.

Segundo o último relatório da Unica, toda a região centro-sul do Brasil colheu, até a primeira quinzena de janeiro, 492,70 milhões de toneladas, valor 11,53% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Além disso, os produtos, como açúcar e etanol, também registraram perdas consideráveis em relação a produção da safra 2010/11. A produção de açúcar ficou 6,91% menor, com uma produção e 31,19 milhões de toneladas.

O etanol hidratado sofreu uma quebra de 29,30%, pois foram produzidos 12,71 bilhões de litros contra os 17,97 bilhões de litros produzidos na safra passada.

Apenas o etanol anidro apresentou crescimento de 6,29%, pois foram produzidos 7,88 bilhões de litros ante os 7,41 bilhões de litros produzidos na safra 2010/11.

O aumento na produção desse último item está mais ligado à maior demanda por gasolina do que pelas condições meteorológicas favoráveis, já que essas não ocorreram.

A quebra na produção de cana-de-açúcar está diretamente ligada às más condições climáticas ocorridas desde 2010, como longo período de estiagem (abril até outubro/10), verão de 2011 chuvoso e com temperaturas abaixo da média, baixa radiação solar.

Para esse ano (safra 2012/13), as condições poderão ser bem semelhantes às observadas em 2011, com um verão bastante chuvoso e com temperaturas abaixo da média, semelhante ao verão de 2011.

Além disso, as chuvas não deverão se estender durante o outono, o que poderá prejudicar os plantios de cana de ano (12 meses).

Assim as projeções preliminares de produção para a próxima safra sinalizam uma produção entre 520 a 530 milhões de toneladas, valores considerados abaixo do ideal para abastecer toda a demanda de açúcar e etanol brasileira e mundial.

Desta forma, os preços dos combustíveis tanto nas usinas quanto nas bombas dos postos de combustíveis continuarão altos, pelo menos até final de abril, quando a colheita terá começado.(SOMAR)