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ECONOMIA

Diversificação e abate de matrizes diminuem rebanho, diz Famasul

Mato Grosso do Sul tem hoje 10,1% do rebanho nacional, atrás de Mato Grosso, com 13,8%; Minas Gerais, que detém 11,2% e Goiás que alcançou 10,2% de todos os animais

Campo Grande News

20 de Outubro de 2012 - 07:52

A redução do rebanho bovino de Mato Grosso do Sul é reflexo da diversificação da atividade agropecuária e do abate de bovinos, avalia a Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul). Dados da pesquisa de produção pecuária municipal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada esta semana apontam que o rebanho atingiu 21.553.851 cabeças, o que coloca o Estado em quarto no ranking nacional.

Na opinião da assessora técnica da Famasul, Adriana Mascarenhas, regiões tradicionalmente ocupadas pela pecuária em MS, como Aparecida do Taboado e Três Lagoas, passaram a ter a presença da silvicultura e da indústria. “O pecuarista entendeu que o maior artigo é a terra, se ele tiver a oportunidade é evidente que ele vai diversificar sua produção”, comentou.

Ela avalia que o pecuarista está buscando diversificar para outras atividades “É preciso diversificar, se uma atividade esta em crise e outra não”, declarou. A queda não significa a redução da produção, já que o produtor está investindo mais em tecnologia.

Adriana destaca que a localização do Estado beneficia a integração das lavouras com a pecuária para abastecimento de fábricas instaladas na divisa com São Paulo, que vieram em busca do bom clima, solo e área disponíveis.

Mato Grosso do Sul tem hoje 10,1% do rebanho nacional, atrás de Mato Grosso, com 13,8%; Minas Gerais, que detém 11,2% e Goiás que alcançou 10,2% de todos os animais. Segundo o levantamento do IBGE, o país tem hoje 212,8 milhões de cabeças, um aumento de 1,6% entre 2010 e 2011.

Outro fator que contribuiu para a queda do rebanho bovino do Estado é o abate excessivo de fêmeas, que é reflexo da baixa da atividade pecuária que teve inicio na década de 2000.Com o preço da arroba em baixa, os produtores começaram a abater as fêmeas para segurar o pasto para os machos, que têm maior valor.

Segundo Adriana, a situação não deve mudar em cenário próximo. “Não acredito em recuperação de rebanho a curto prazo, já que as projeções não apontam o aumento de rebanho para 2013”, afirmou.