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Economia

Setor de serviços cai 0,2% em fevereiro e tem 2º recuo

Apesar da fraqueza em 2022, setor ainda se encontra 5,4% acima do nível pré-pandemia.

G1

12 de Abril de 2022 - 07:37

Setor de serviços cai 0,2% em fevereiro e tem 2º recuo
Foto: Divulgação

O volume de serviços prestados no Brasil cai 0,2% em fevereiro, na comparação com janeiro, cravando o segundo recuo mensal seguido, segundo divulgou nesta terça-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já na comparação com fevereiro do ano passado, o volume de serviços cresceu 7,4%.

Nos dois primeiros meses do ano, a perda acumulada é de 2%, destacou o IBGE, que também revisou o resultado de janeiro para uma uma queda de 1,8%, ante leitura inicial de recuo de 0,1%. Apesar da nova queda, o setor ainda se encontra 5,4% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020.

Em 12 meses, a alta acumulada passou de 12,2% em janeiro para 13% em fevereiro, mantendo a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2021.

“Das últimas seis taxas, quatro foram negativas (em agosto, setembro, janeiro e fevereiro) e duas foram positivas (em novembro e dezembro). Ainda que haja um predomínio de taxas negativas, o saldo desses 6 meses ficou em 0,1%, ligeiramente positivo e muito próximo da estabilidade”, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

O que mais caiu

Duas das cinco atividades investigadas tiveram retração no mês de fevereiro: serviços de informação e comunicação (-1,2%) e outros serviços (-0,9%).

O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira e foi o principal destaque de recuperação em 2021, impulsionado pelo avanço da vacinação e pela flexibilização das medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus.

Perspectivas para o ano

A confiança do setor de serviços registrou alta em março, após 4 meses seguidos de quedas, segundo sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV). O patamar de otimismo dos empresários e consumidores, no entanto, continua baixo.

O ritmo de atividade econômica em 2022 segue fraco, prejudicado pela inflação persistente, perda do poder de compra da população, aumento da inadimplência e juros em alta.

Em março, o resultado da inflação veio acima do esperado, com o IPCA atingindo 11,30% em 12 meses, o que colocou em xeque a perspectiva de encerramento do ciclo de aperto monetário em maio, aumentando as apostas de que a taxa básica de juros (Selic) será elevada em 2022 para além de 13% ao ano.

A greve dos funcionários do Banco Central segue atrasando a divulgação de dados como a pesquisa Focus, com as projeções do mercado par inflação, juros, PIB e câmbio. Os analistas já falam em uma inflação acima de 7% no ano. Para o PIB (Produto Interno Bruto), as estimativas são de alta ao redor de 0,50% em 2022.