Esporte
Sem apoio, Itaporã engrossa lista e ameaça desistir do profissional
A atual diretoria antevê dificuldades financeiras para manter as atividades profissionais da equipe visando à disputa da Série A do Campeonato Sul-Mato-Grossense em 2014
Esporte Ágil
28 de Agosto de 2013 - 10:52
A notícia pode soar repetida, mas o Itaporã anunciou que pretende desistir do futebol profissional. A atual diretoria antevê dificuldades financeiras para manter as atividades profissionais da equipe visando à disputa da Série A do Campeonato Sul-Mato-Grossense em 2014, e já estuda fechar as portas, mantendo apenas as categorias de base. Na temporada passada, a gestão anterior do clube também ameaçou desistir do campeonato. Entretanto, o time permaneceu na disputa e chegou às semifinais do estadual.
O atual presidente, Dione Lima, apresentou à diretoria o quadro financeiro do Itaporã. Sem apoio da prefeitura e com dívidas não quitadas da temporada, a ideia é trabalhar apenas com as categorias de base nos próximos anos. Dione rejeita a proposta de mandar o time a campo sem apoio do poder público, por outro lado lamenta o fracasso em arrecadar dinheiro entre patrocinadores.
Nossa cidade é muito pequena e não dá para disputarmos o campeonato sem o apoio da Prefeitura Municipal. Nós montamos um projeto, mas mesmo tendo um dos elencos mais baratos, não conseguimos captar recursos no comércio local, declarou.
O presidente do Itaporã admite a possibilidade de voltar atrás na decisão de retirar o clube das atividades profissionais, caso a prefeitura assuma as despesas da montagem da equipe. Se a prefeitura fosse assumir os gastos, mesmo com uma equipe com atletas locais, talvez não tomássemos essa decisão. Mas isso já não aconteceu esse ano e não vamos arriscar de novo, disse.
As baixas engrossam a lista de times de futebol que desistem de disputar competições oficiais em Mato Grosso do Sul. Nas últimas seis temporadas, 12 equipes abandonaram algum campeonato das Séries A ou B estadual. As baixas mais recentes foram o Sidrolândia e o Sena, que abandonaram a segundona estadual a menos de 45 dias do início da competição e, por isso, foram punidos com dois anos de afastamento das atividades profissionais.