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Esporte

Sheik julga pichações "normais", e dirigente evita comentários

Ofendido pela torcida em ato de vandalismo no Parque São Jorge, Emerson diz entender revolta. Edu Gaspar prefere não comentar o caso

Globo Esporte.com

30 de Setembro de 2013 - 17:00

O atacante Emerson foi um dos mais perseguidos pela torcida após a derrota do Corinthians por 4 a 0 para a Portuguesa, no último domingo, em Campo Grande. Xingado pelos torcedores que cercaram o ônibus alvinegro na saída do estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, o jogador também foi alvo de protesto no Parque São Jorge. Ele afirma que não se abalou com as críticas.

Heroi na conquista da Taça Libertadores da América, no ano passado, quando marcou dois gols na vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors, na final, Emerson viu sua situação junto à torcida mudar drasticamente. De ídolo inquestionável, hoje o atacante é praticamente perseguido pela Fiel, que questiona sua falta de vontade e postura fora de campo.

– Acho que isso é normal. Nada mais natural do que os torcedores se revoltarem pela situação ruim na qual o Corinthians está – resumiu, no desembarque da delegação alvinegra, nesta segunda-feira, em São Paulo.

A crise de Emerson no Corinthians começou quando o jogador postou uma foto em redes sociais dando um “selinho” no amigo Isaac Azar, chef de cozinha e dono de um famoso restaurante em São Paulo. As torcidas organizadas não aceitaram a atitude do atacante, que recebeu líderes das facções no CT Joaquim Grava para uma conversa e se desculpou publicamente logo na sequência.

O mau momento coincide justamente com a renovação de contrato do jogador, que estendeu seu compromisso com o Corinthians até 2015 em julho deste ano. O próprio Sheik admitiu, em entrevista após a derrota para a Portuguesa, que não vem rendendo conforme o esperado no segundo semestre. Ele marcou apenas dois gols no Campeonato Brasileiro. No ano, foram cinco.

O gerente de futebol Edu Gaspar preferiu não se pronunciar sobre as pichações no Parque São Jorge, que também continham ameaças aos jogadores e ofensas a Alexandre Pato. Os vândalos escreveram a mensagem “Acabou a paz” em um dos vidros da sede alvinegra. Na visão do dirigente, alguns torcedores deveriam rever as próprias atitudes, especialmente as que prejudicam o clube – o auxiliar Bruno Salgado Rizo foi atingido com uma garrafa na cabeça durante a derrota para a Lusa, o que pode levar o Timão a mais uma punição no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

– Agora eles sabem que podem nos prejudicar com algumas atitudes. É pensar um pouquinho na parque do clube, para que possamos voltar ao Pacaembu o mais cedo possível – afirmou Edu.

A torcida já prejudicou o Corinthians em diversas oportunidades nesta temporada. As mais recentes – briga com vascaínos em Brasília e uso de sinalizadores em Lucas do Rio Verde – fizeram o time perder seis mandos de campo, dois pela Copa do Brasil e quatro pelo Brasileirão. O Timão só voltará ao Pacaembu no dia 10 de novembro, contra o Fluminense.