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Policial

Familiares sepultam Pâmela e esperam respostas para entender o que aconteceu

Os familiares querem respostas para entenderem o que aconteceu, mas também para que os responsáveis sejam presos.

Flávio Paes/Região News

16 de Fevereiro de 2021 - 12:35

Familiares sepultam Pâmela e esperam respostas para entender o que aconteceu
Pâmela Silveira. Foto: Divulgação

A família de Pâmela Silveira Saturnino, a jovem de 17 anos morta na madrugada de domingo com um tiro na cabeça, ainda mergulhada na dor e sofrimento diante da tragédia, espera agora as investigações da Polícia Civil. Os familiares querem respostas para entenderem o que aconteceu, mas também para que os responsáveis sejam presos.

A versão inicial, apresentada pelo único envolvido com episódio ouvido pela Polícia até agora, Emerson Rebello, é que o tiroteio que resultou na morte da jovem, foi o desfecho da discussão entre Emerson e o namorado dela, Marcos Henrique Sanches Echeverria.

"Ela não tinha nada a ver com essa rixa", diz Gildo de Souza Brito, 51 anos, pai de Pâmela que trabalha como operador de máquinas numa fazenda de onde veio às pressas quando soube do assassinato da filha. Gildo participou do sepultamento nesta segunda-feira, junto com os demais familiares e retomou a sua rotina no campo.

Só volta à cidade no domingo para a missa de 7º dia de Pâmela. Ele lembra do choque que levou ao ficar sabendo da morte da filha. “Eu havia chegado da lavoura e estava em casa, quando recebi a notícia. Era minha única filha”, lamenta Gildo que tem outros dois filhos homens.

“Eu não morava com ela, mas as coisas dela sempre ficavam aqui em casa para ela vir quando quisesse. Eu e a mãe dela somos separados, mas a convivência sempre foi boa”, explica. Pâmela morreu com um tiro na cabeça. Ela estava no banco do carona   do veículo Gol vermelho (pertencente a Marcos) estacionado na Rua Tomás da Silva França.

O local é o endereço da casa da namorada de Emerson Rebello. Ele, Marcos Henrique Sanches Echeverria, 22 anos e o adolescente D.A. de 17 anos foram baleados. Marcos foi preso em flagrante, como principal suspeito dos disparos que atingiram de raspão no braço Emerson e no pescoço, o adolescente, de 17 anos D.A. que assumiu a autoria do homicídio e da tentativa de homicídio contra Marcos.

Os dois (Marcos e o adolescente) estão internados na Santa Casa. A Polícia, por enquanto, prefere aguardar a evolução das investigações, os depoimentos e as provas periciais para reconstituir toda a história e o envolvimento de cada um dos participantes.

O ponto de partida das investigações toma como enredo inicial a versão que o tiroteio no Bairro São Bento foi o desfecho trágico de uma confusão iniciada por volta das 2 horas da madrugada do domingo numa conveniência localizada na Avenida Dorvalino dos Santos, perto do Posto Pé de Certo.

O pai de Pâmela está convencido que ela foi uma vítima inocente do desentendimento." Ela não tinha nada a ver com essa situação. Porque ele (Marcos) não trouxe a menina para casa e foi resolver isso sozinho?”, questiona o pai de Pâmela, Gildo de Souza Saturnino.

Gildo relata que a filha e Marcos estavam se relacionando há cerca de cinco meses e que até então, não havia notado nada de diferente no comportamento do rapaz em relação a filha. “Ele já esteve na minha casa, conheci ele, mas os outros rapazes não sei quem são”, diz.

Sob investigação - Conforme apurado, preliminarmente, pelas equipes policiais, Emerson e Marcos discutiram em frente da conveniência. Conforme a versão de Emerson, Marcos o teria seguido até a casa da namorada dele (Emerson) no Bairro São Bento.

Em frente da residência os dois discutiram e houve troca de tiros. A Polícia ainda não apurou quem iniciou os disparos, nem de quem foi autor do disparo que atingiu Pâmela na cabeça. Por enquanto, as suspeitas recaem sobre o adolescente, amigo de Emerson.

Em depoimento à polícia, ainda no domingo (14) Emerson contou que a rixa começou depois que o adolescente, seu amigo, se tornou amigo da ex-mulher de Marcos. O suspeito não gostou da situação, “tentou bater e proferiu ameaças contra o garoto no dia do crime", porém foi impedido por ele.

Sobre os disparos, o rapaz afirmou que depois do primeiro tiro feito pelo suspeito, correu e não sabe se o adolescente estava armado. Tanto Marcos quanto o adolescente ainda não foram ouvidos porque estão hospitalizados.