Política
Após lançar candidatura de protesto, Pollon deve perder presidência do PL
O partido pode ficar nas mãos do presidente municipal e amigo pessoal de Jair Bolsonaro, Tenente Portela.
Insvestiga MS
03 de Julho de 2024 - 07:30
O deputado federal Marcos Pollon deve perder a presidência do Partido Liberal em Mato Grosso do Sul. O partido pode ficar nas mãos do presidente municipal e amigo pessoal de Jair Bolsonaro, Tenente Portela.
A saída ocorre após protesto de Pollon contra acerto de Jair Bolsonaro com Reinaldo Azambuja (PSDB) e Eduardo Riedel (PSDB) para apoio ao candidato do PSDB em Campo Grande, Beto Pereira. Tenente Portela e Luana Ruiz, ambos do PL, estão em Brasília nesta quarta-feira, quando devem conversar com Bolsonaro.
Pollon assumiu o partido, a mando do próprio Bolsonaro, no lugar do deputado federal Rodolfo Nogueira. Ele recebeu a missão de organizar o partido para a eleição e chegou a 40 pré-candidatos, na maioria contra as gestões do PSDB.
Pollon foi o primeiro pré-candidato do partido, mas desistiu, alegando que teria missão com o Proarmas em Brasília. Ele voltou a lançar candidatura na semana passada, justificando que não aceitaria a composição do PL com o PSDB na Capital.
A atitude de Pollon desagradou o diretório nacional, que deve escolher Portela para a função. Ele já foi indicado por Bolsonaro para assumir a presidência do diretório municipal em Campo Grande.
Portela chegou a ocupar a função de chefe da Defesa Civil na gestão de Adriane Lopes (PP), mas saiu para atender pedido de Bolsonaro, dizendo que o partido teria candidatura própria. Em seguida, lançou Rafael Tavares como pré-candidato, também com aval de Bolsonaro, mas depois retirou a candidatura de Tavares, alegando que atendeu a determinação do ex-presidente. Em seguida, lançou a pré-candidatura dele, para dias depois dizer que Bolsonaro quem indicaria o nome, retirando a própria pré-candidatura.
Tudo caminhava para um acerto entre Bolsonaro e a senadora Tereza Cristina, para apoio a Adriane. Todavia, na semana passada, Reinaldo e Riedel foram a Brasília e fecharam acordo com Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto.
Pollon foi contra, mas Portela não se manifestou. A reportagem apurou que Portela chegou a voltar de Brasília de carona com o grupo tucano, mas ele não respondeu a este questionamento.