Política
Candidato com mancha de corrupção não será eleito, alerta Nelsinho
Correio do Estado
17 de Novembro de 2011 - 09:13
Os escândalos de corrupção poderão encerrar a carreira dos acusados a partir das eleições municipais de 2012. A avaliação é do prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), ao falar das grandes dificuldades do eleitor aceitar um candidato acusado de desvio de dinheiro público. Para ele, o seu sucessor "não pode ter mancha de corrupção" e "nem envolvimento com as denúncias de corrupção". Segundo ele, as pesquisas para consumo interno mostram a determinação do eleitor excluir do cenário políticos fichas sujas.
O prefeito observou ainda que "o povo está cansado e indignado" com tantas denúncias envolvendo políticos em corrupção. "Eleição após eleição o povo tem aprendido de como se deve votar", afirmou Nelsinho. A evolução do exercício democrático do voto, segundo o prefeito, torna o eleitor mais exigente na hora de escolher os seus representantes.
Com os escândalos de corrupção estourando a todo o momento, o eleitor começa a fazer reflexão o que fez no passado para permitir a eleição de um candidato "manchado" com a corrupção. "Isto vai levar o eleitor a escolher o melhor", disse.
Nelsinho não tem dúvida da determinação do eleitor promover mudanças a partir das eleições de 2012. "As denúncias de corrupção vão fazer a diferença, porque o candidato com passado limpo vai levar vantagem", afirmou o prefeito. Em Campo Grande, segundo ele, há manifestação de eleitor não votar em políticos envolvidos em escândalos de corrupção. "As pesquisas indicam isto", comentou.
"O eleitor está ficando esperto, não vai aceitar a primeira cantada (do candidato) na campanha eleitoral. Ele vai avaliar cada um antes de votar. Pode ter certeza", avaliou o prefeito da Capital.
Nelsinho previu ainda uma campanha voltado no combate à corrupção e em cima de propostas que atendem diretamente as questões sociais da população. Ele disse ainda que na próxima campanha o poder econômico dos candidatos não terá influência sobre o voto.
"Esta campanha não será do poder econômico. Será da boa ideia, do bom debate sobre a solução dos problemas da cidade", afirmou o prefeito. Ele ressaltou que o candidato à sucessão da Prefeitura de Campo Grande "precisa estar focado" para as questões relevantes da cidade saúde, educação, transportes, por exemplo para conquistar a confiança do eleitor.