Com MDB enfraquecido, Puccinelli aceita aproximação com Riedel e critica novos políticos

O ex-governador André Puccinelli (MDB) não será barreira para aproximação do partido com Eduardo Riedel e o PSDB, proposta pelo deputado estadual Márcio Fernandes, que inclusive deseja a presidência do partido.

“Por mim não vejo nenhuma dificuldade em ter parceria”, afirmou o ex-governador, que também não pretende disputar o cargo máximo no partido. “Já fui presidente de fato e de direito e desde a última presidência me homenagearam como presidente de honra”, justificou.

O MDB, que já foi o partido mais poderoso no Estado, vive dias difíceis e acumulando derrotas desde 2012, quando Edson Giroto perdeu a eleição em Campo Grande. Depois, foi a vez de Nelsinho Trad ser derrotado na briga pela sucessão de Puccinelli.

Com a saída de Puccinelli o MDB acompanhou o PSDB, que sempre foi seu coadjuvante, assumir o protagonismo no Estado. Hoje, o MDB tem três deputados estaduais, mas nenhum deputado federal.

Na avaliação de Márcio Fernandes, a aproximação com PSDB seria uma forma de reconstruir o partido, que já teve o maior número de prefeitos no Estado e hoje tem apenas nove dos 79.

Indagado sobre essa queda no número de prefeitos e ascensão do PP, por exemplo, liderado por Tereza Cristina, Puccinelli criticou as novas lideranças. “Em latim, tem um ditado que vale para muitos agentes políticos da atualidade. Não generalize, mas ele diz: Pecunia, omnia vicit (dinheiro conquista tudo)”, declarou o ex-governador.