Política
Daltro pacifica PMDB e aliados antes de oficializar candidato
Fiuza mantém o clima de suspense e deixa entreaberta a janela de esperança para os demais pretendentes a sua sucessão.
Flávio Paes/Região News
10 de Abril de 2012 - 08:46
Na contramão da ansiedade dos aliados e nem mesmo com os sinais de rebeldia de partidos da sua base de apoio, como PT e PSB, o prefeito Daltro Fiúza mantém a tranquilidade na condução do seu processo sucessório. Embora seja quase uma unanimidade nos meios políticos que o empresário Acelino Cristaldo já foi ungido para ser o candidato do PMDB, nem sob tortura Daltro confirma a escolha.
Fiuza mantém o clima de suspense e deixa entreaberta a janela de esperança para os demais pretendentes, a vereadora licenciada Roberta Stefanello, o também empresário Moacyr Almeida bem como, para o vereador Professor Tadeu. Imagine a situação do pai de quatro filhos, que tenha 30 dias para dar uma notícia que só um gostará e vai desagradar os outros três. Não tem sentido você antecipar o sofrimento, dando a informaçaõ antes de vencer o prazo, argumenta o prefeito.
Metáforas a parte, o prefeito tem trabalhado prioritariamente para pacificar o PMDB. Não quer impor um candidato goela abaixo das diferentes alas do partido usando a força do cargo e da sua condição principal cabo eleitoral neste processo. Daltro prefere o poder do convencimento como estratégia para garantir o engajamento de todos na campanha.
Não quero que quando o candidato for anunciado oficialmente, metade do partido esteja presente, sustenta. O prefeito não tem dúvida: se o candidato do PMDB conseguir aglutinar uma aliança partidária tão ampla quanto a que se uniu para reelegê-lo em 2008, são as amplas chances de vitória, mesmo diante do aparente favoritismo do pré-candidato do PSDB.
Daltro admite que enquanto este nome não for oficializado, não há como cobrar o engajamento automático dos partidos aliados. No caso específico do PT, ele confia no compromisso das principais figuras estaduais do partido (o senador Delcidio do Amaral, o ex-governador Zeca do PT e do deputado federal Vander Loubet), de orientar o partido a manter a aliança que ajudou a reelegê-lo.