Política
Eleição na Câmara de Dourados ainda é incógnita
De acordo com o Regimento Interno da Câmara, a cada dois anos é necessária a renovação da mesa diretora
Dourados Agora
22 de Novembro de 2010 - 16:40
A menos de oito dias para o início dos trabalhos de renovação da mesa diretora da Câmara de Vereadores, a eleição ainda é uma incógnita. Isto porque ainda não se sabe se haverá o processo.
Apesar disso, uma coisa é certa. Se houver a eleição, e nada mudar em relação ao afastamento do prefeito de Dourados Ari Artuzi e o vice Carlinhos Cantor, o novo chefe do executivo interino, será o novo presidente da Câmara, o que obedece a linha sucessória. O mesmo aconteceu com Délia Razuk. Em tese ela só é prefeita interina porque se tornou, através de eleição, a nova presidente da Câmara de Vereadores há dois meses. Isto numa medida de urgência já que o antigo presidente do legislativo, Sidlei Alves, renunciou o cargo, após ser preso durante operação da polícia Federal.
De acordo com o Regimento Interno da Câmara, a cada dois anos é necessária a renovação da mesa diretora. A data está prevista para sempre na primeira semana de dezembro. De acordo com o atual presidente do Legislativo, Dirceu Longhi, que ocupa a vaga de Délia que saiu para assumir a prefeitura, a dúvida é para saber se a leição que ocorreu em outubro deste ano vale por dois anos, ou apenas serviu como mandato "tampão", para substituir os cargos em vacância. Na ápoca Sidlei, Zezinho da Farmácia, que era o vice-presidente, Júnior Teixeira (1º secretário) e Aurélio Bonatto (2º secretário) foram presos, com outros cinco vereadores e a mesa diretora teve que ser renovada para dar prosseguimento aos trabalhos do legislativo.
O mesmo regimento interno, que determina as eleições, também diz que "(...) Não é permitida a recondução para o mesmo cargo na Eleição imediatamente subsequente, na mesma legislatura (...)". Isto supostamente impediria que Délia Razuk disputasse o cargo.
A lesgislação, segundo Dirceu Longhi, também prevê que somente os vereadores titulares podem ser votados para a presidência da Mesa. Neste caso, somente Gino Ferreira, Dirceu Longhi e Délia Razuk estariam aptos para a disputa. Délia teria que deixar o comando do legislativo e passá-lo ao procurador Geral do município, Sergio Henrique de Araujo, ex-presidente da OAB de Dourados.
Se Délia puder disputar a eleição na Câmara e vencer ela assume o comando da prefeitura novamente. Caso contrário, o cargo fica para o novo presidente da Câmara, que poderá ser Gino ou Dirceu Longhi.
Délia protocolou um pedido de parecer do jurídico da Câmara para saber se pode ou não concorrer a vaga. de acordo com o procurador geral do legislativo, Alexandre Magno, tudo está em análise e as respostas serão prestadas ainda nesta semana, quando também será definido os rumos da mesa diretora.