Política
Ilsinho rejeita apoio a Acelino e mantém pré-candidatura
"Se os entendimentos não der resultado, vamos de chapa pura, com 20 candidatos a vereador, declara Ilsinho
Marcos Tomé/Flávio Paes
09 de Abril de 2012 - 10:21
O vice-prefeito Ilson Fernandes, que comanda a Executiva Municipal Provisória do PSB em Sidrolândia, não só rejeita renunciar as suas pretensões em favor do empresário Acelino Cristaldo, indicado pré-candidato a prefeito pelo PMDB, como também mantém sua pré-candidatura.
É o segundo partido da base política do prefeito Daltro Fiúza (o primeiro foi o PT) que reage publicamente a indicação de Acelino. Este posicionamento do vice-prefeito é ainda mais surpreendente porque Acelino em 2004 apoiou Ilsinho que se elegeu vereador pelo PDT e em 2008 quando ele tirou vaga do PT e tornou-se vice na chapa de Daltro, após ter declarado apoio a candidatura do ex-prefeito.
Pretendia ser o candidato a prefeito do Daltro. Como isto não é possível mantenho meu projeto, conversando com lideranças do PT, PDT e PP, na tentativa de viabilizar uma aliança forte. Se os entendimentos não der resultado, vamos de chapa pura, com 20 candidatos a vereador, declara Ilsinho que já manifestou esta posição ao prefeito e o deixou a vontade inclusive para exonerar a secretária de Administração, Rosemeire Aparecida.
A secretária foi indicada para o cargo com o aval do PSB, mas logicamente, tem o direito de acompanhar ou não a posição do partido de lançar candidatura própria a prefeito, afirma o vice-prefeito. Ele diz estar apenas seguindo a orientação da direção nacional do partido.
Tivemos um encontro em Brasília, do qual participou o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A orientação dele é lançar candidatura própria onde isto for possível. O objetivo é fortalecer o partido para as eleições de 2014, elegendo o maior número possível de prefeitos e vereadores.
Antes de abrigar o vice-prefeito, que deixou o PDT em solidariedade ao prefeito que se sentiu traído pelos vereadores pedetistas, o PSB era uma legenda satélite de Daltro, tanto que a Executiva Municipal era comandada pelo motorista do prefeito. Ao assumir a sigla na cidade, Ilsinho adotou uma política agressiva de filiações, assediando principalmente lideranças do seu antigo partido.
Este comportamento gerou reclamações do vereador Antônio Galdino, alvo das suas investidas.