Política
Marun diz que plano de habitação é fundamental ao desfavelamento
Marun lembrou que todos os parques lineares que embelezam e protegem os córregos de Campo Grande começam com a retirada e reassentamento das famílias.
Campo Grande News
12 de Agosto de 2011 - 13:13
Cerca de 400 famílias realizarão o sonho da casa própria no pacote de obras lançado pela prefeitura. Famílias que atualmente residem nas favelas Nossa Senhora Aparecida (Bairro Coophasul), na Vila Bordon e Cidade de Deus (Bairro Dom Antônio Barbosa), serão beneficiadas com moradias no Residencial Ronaldo Tenuta e na terceira etapa do Residencial José Teruel Filho.
O secretário de Habitação e das Cidades, Carlos Marun, destaca a importância da construção de novas moradias para consolidar o desenvolvimento urbano da Capital e garantir vida digna para as famílias que vivem em condições insalubres, com sub-habitações erguidas precariamente em locais de risco. Tratar essas famílias com prioridade é compromisso do governo do Estado, que trabalha em parceria com a União e a prefeitura e tem investido para eliminar todas as ocupações irregulares.
Marun lembrou que todos os parques lineares que embelezam e protegem os córregos de Campo Grande começam com a retirada e reassentamento das famílias. Pessoas são mais importantes, observa. Temos essa meta conosco. De retirar as famílias das favelas. Pois, vejo a favela como uma fratura exposta da sociedade. Temos obrigação de darmos moradia a quem precisa e depende do poder público para que o sonho da casa própria se torne realidade. Por isso, desde a época em que Puccinelli era prefeito temos trabalhado nesse intuito de extinguir as favelas de nossa capital, afirma.
Desfavelamento - Essa meta foi conquistada, tanto que Campo Grande é a primeira capital sem favelas em área de risco no Brasil. É uma conquista que muito nos orgulha. Saber que fizemos parte desse feito é para mim sem duvida uma grande satisfação. Agora estamos trabalhando para oferecer moradia a esses novos focos de ocupação irregular. Temos inaugurações previstas para agosto e setembro. Serão quase 400 famílias que sairão dos barracos para tetos dignos.
Segundo Marun, o trabalho de remoção de favelas é antigo e começou em 2001 com o projeto Integrado Mudando para Melhor Buriti/Lagoa implantado quando ele dirigia a Empresa Municipal de Habitação EMHA no ano de 2001. O projeto teve por objetivo a melhoria de habitabilidade, meio ambiente e qualidade de vida da população local. Foi oferecido atendimento a aproximadamente 3.000 pessoas morando sem o mínimo de condições de salubridade, sem rede de saneamento básico às margens dos Córregos Buriti e Lagoa.
De acordo com Marun para a execução do projeto foram viabilizados recursos na ordem de R$ 10 milhões, frutos parceria da União e da prefeitura de Campo Grande. Além do objetivo citado, foram desenvolvidas ações sociais (profissionalização e geração de emprego e renda); de infraestrutura e equipamentos comunitários.
As famílias foram reassentadas em lotes dotados de infraestutura, localizados no Jardim São Conrado, adjacente a área do projeto. Foram construídas 350 unidades habitacionais, sendo duas delas destinadas aos portadores de necessidades especiais. Paralelamente foram realizadas melhorias nas moradias do loteamento Interpraia e construídas habitações para idosos por meio do Programa Meu Cantinho. Além da realização de regularização fundiária. O projeto Buriti Lagoa trouxe resultados que impactou positivamente na vida da comunidade, quanto na sociedade campo-grandense. A favela foi extinta, as famílias estão em moradias dignas; houve a eliminação das fontes de poluição dos córregos e recuperação dos mesmos. Fortalecimento da cidadania e melhoria na auto-estima de cada cidadão beneficiado pelo projeto.
A prova que o Buriti/Lagoa é um sucesso é que ele foi premiado duas vezes e obteve reconhecimento internacional, premiado em Dubai. A experiência foi reaproveitada no Projeto Sóter em 2004 (atendendo a 108 famílias) e no Projeto Imbirussu/Serradinho, atualmente em desenvolvimento, abrangendo a 850 famílias.
Inaugurações - A primeira etapa do Residencial Ronaldo Tenuta será inaugurada no dia 19 de agosto a partir das 9h. Na oportunidade serão entregues as chaves de 430 unidades habitacionais que representam a metade das casas que ali serão oferecidas às famílias com renda de até R$ 1.600,00 (aproximadamente o equivalente a três salários mínimos) conforme previsto no Programa Minha Casa Minha Vida.
O Residencial Ronaldo Tenuta será composto por 860 unidades habitacionais que representam um investimento aproximado a R$ 37 milhões, viabilizados pela União, Estado e Município. A segunda etapa será entregue em data posteriormente divulgada. Entre os beneficiários estarão famílias que atualmente residem nas Favelas Nossa Senhora Aparecida e na Vila Bordon. Já a entrega da terceira etapa do Residencial José Teruel Filho está marcada para o dia 2 de setembro a partir das 8h30. Quando concluída a entrega serão removidas 362 famílias que residiam na conhecida favela Cidade de Deus localizada no Bairro Dom Antônio Barbosa. Governo do Estado, União e Prefeitura investiram mais de R$ 2,3 milhões para a garantia de teto digno as famílias.
Neste sábado (13) o secretário de Habitação visitará as favelas Nossa Senhora Aparecida e Vila Bordon para conversar sobre como se dará o processo de remoção das famílias para o Residencial Ronaldo Tenuta, localizado nas proximidades do Portal Caiobá.