Política
Mulheres são maioria do eleitorado, mas têm pouco espaço na política
Correio do Estado
08 de Março de 2012 - 15:33
Maior contigente eleitoral de Mato Grosso do Sul, as mulheres ainda não têm espaço na política que faça justiça a seu potencial, seja na Câmara Municipal de Campo Grande, na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal ou no Senado. Num Estado conservador - quando indiviso, principalmente - poucas eram as chances de uma mulher disputar um mandato.
Atualmente, mesmo comemorando-se 80 anos do voto feminino (decreto 21.076 de 24 de fevereiro de 1932) e com o estabelecimento em 1997 (reformada em 2009) de cotas (mínimo de 30% e máximo de 70% para candidaturas de cada sexo), a realidade mostra o maior número de cadeiras, quer no Legislativo, quer no Executivo, ocupadas por homens.
As mulheres representam 51,42% (885.392) dos 1.721.836 eleitores do Estado cadastrados no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (dados atualizados em 29 de fevereiro de 2012) contra 48,58% (836.444) do universo masculino. Em Campo Grande a realidade não é diferente: dos 546.784 eleitores, 291.646 (53.34%) são mulheres e 255.138 (46.66%) homens.