Política
Onu cobra do Brasil ação para barrar morte de mulheres por causa de abortos
Isaude.net
20 de Fevereiro de 2012 - 16:35
O Brasil foi cobrado em relação a morte de mulheres por causa de abortos de risco.
Durante a 51.ª sessão do Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulheres, em Genebra, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, admitiu que o aborto está entre as cinco principais causas de mortes de mulheres no país.
Cerca de 500 mil mulheres são hospitalizadas, anualmente, por causa de abortos mal sucedidos, sendo a maioria de origem rural ou negra, segundo informações da Organização das Nações Unidas (Onu).
Representantes da Onu disseram que o país precisa fazer algo para não permitir que as mortes continuem ocorrendo, cerca de 200 mil por ano, segundo divulgou o site Estadão no sábado (18).
A Comissão afirmou que o aborto ilegal no país é de grande preocupação, e que já havia recomendado que ao Brasil a descriminalização do procedimento.
As altas taxas de mortalidade materna foram uma conseqüência direta da criminalização do aborto, afirmaram os membros do Comitê.
Em relação a abortos inseguros, os representes brasileiros no comitê explicaram que houve, recentemente, um projeto de lei que visava impedir as mortes de mulheres e meninas de abortos inseguros.
O direito à confidencialidade das mulheres grávidas que decidiram se cadastrar no sistema foi preservada eo Governo se comprometeu a preservar a confidencialidade do registro. As únicas pessoas que podem acessá-lo eram pessoas gerenciamento de TI.
Seu objetivo foi monitorar a qualidade da assistência e cuidados prestados a mulheres grávidas. Muitas mortes maternas no Brasil hoje foram devido aos cuidados pré e pós-natal pobres e de Governo os dados necessários para o desenvolvimento de intervenções adequadas.
Ainda segundo a delegação brasileira no comitê, centros de parto estão sendo construídos em quase todos os municípios para combater a alta taxa de mortalidade materna.
Gravidez indesejada
As Nações Unidas também reiteraram na última quinta-feira (16) a necessidade de proporcionar às mulheres o acesso pleno aos contraceptivos e preservativos para prevenir gravidez indesejada e infecção por HIV.
"Apenas preservativos, masculinos e femininos fornecem proteção dupla, parando a transmissão do HIV e prevenindo gravidez indesejada", destaca comunicado do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids).
De acordo com o órgão da Onu, as mulheres correspondem a metado das 34 milhões de pessoas que vivem com HIV em todo o mundo.
Somente na África Subsaariana, a região mais afetada pela epidemia, quase 60% das novas infecções ocorrem em mulheres.
"Mulheres e garotas precisam ter acesso à mais ampla gama de contraceptivos e opções de prevenção do HIV. Estes serviços devem ser prestados de forma integrada por profissionais de saúde", disse o diretor executivo do Unaids, Michel Sidibé.