Política
Pessoas com deficiência avaliam iniciativa do governo como positiva
Agência Brasil
19 de Novembro de 2011 - 09:43
Ao participar, do lançamento do plano Viver sem Limite, com ações para ampliar a inclusão das pessoas com deficiência, o cadeirante Vanderlei Marques de Assis avaliou como positiva a iniciativa do governo federal de assumir no papel compromissos com os deficientes.
Assis, que teve paralisia infantil, disse que agora caberá às pessoas com deficiência acompanhar a evolução do plano e cobrar os resultados.
As pessoas bem sucedidas dizem que se você quiser que algo aconteça, coloque no papel. Hoje esse plano está colocando no papel muitos desejos e reivindicações das pessoas com deficiências.
A partir do momento que você se compromete a executar é um avanço, agora vai depender de nós cobrar esse plano, disse Assis que é presidente do Conselho Estadual de Assuntos para Pessoas com Deficiência de São Paulo.
O garoto Gabriel Cunha, de 9 anos, conhecido com Gabrielzinho do Irajá, tem deficiência visual, já participou de uma novela e veio à cerimônia com a expectativa de que o plano melhore a acessibilidade das cidades.
É preciso melhorar a acessibilidade em teatros, cinemas, ter rampas em lugares onde as pessoas com cadeiras de rodas possam passar e sinalização nas ruas para os deficientes visuais e auditivos, relatou.
Formado em moda, Samuel de Carvalho destacou as ações do plano na área de educação para facilitar a inclusão das pessoas com deficiência como a adaptação arquitetônica de 42 mil escolas públicas e a contratação de mais professores de libras.
Para Samuel, que tem síndrome de Down, é importante incluir as crianças com deficiência nas escolas regulares. Nunca fui para escola especial. As escolas regulares exigem mais do aluno.
O Viver sem Limite
Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência prevê investimento de R$ 1,8 bilhão para a área de educação.
Além da educação, os outros eixos do plano são saúde, inclusão social e acessibilidade. A previsão total de recursos para o Viver sem Limite é de R$ 7,6 bilhões até 2014.
O plano foi lançado, no Palácio do Planalto, pela presidenta Dilma Rousseff e envolve 15 órgãos do governo federal, com a coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.