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Política

Puccinelli insiste com governo federal para privatizar a Rodovia da Morte

Conforme Puccinelli, com um pedágio a cada 80 quilômetros seria possível fazer a duplicação ao longo de toda a rodovia em dez anos.

Campo Grande News

07 de Outubro de 2011 - 13:00

Mais uma vez, o governador André Puccinelli (PMDB) pediu à União que repasse o controle da BR-163, a Rodovia da Morte, para Mato Grosso do Sul. O plano é duplicar a via e cobrar pedágio.

A concessão onerosa seria válida por 25 anos. “Voltamos a insistir que o governo federal nos delegue a 163”, afirmou o governador em entrevista ao jornal Bom Dia MS, da TV Morena. Segundo ele, o objetivo é iniciar a duplicação ainda no seu mandato, que termina em 2014.

Nesta semana, o governador se reuniu em Brasília com o ministro dos Transportes, Paulo Passos, e o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), general Jorge Fraxe.

A proposta do governador vem desde 2007, mas, até então, estudo do Dnit apontava que cobrança de pedágio era inviável em qualquer rodovia federal de Mato Grosso do Sul.

A taxa a ser cobrada seria maior do que as praticadas nas rodovias de outros Estados. Conforme Puccinelli, com um pedágio a cada 80 quilômetros seria possível fazer a duplicação ao longo de toda a rodovia em dez anos.

Com 840 km de extensão, a BR-163 vai de Mundo Novo a Sonora. Ao longo do caminho, dezenas de cruzes não deixam dúvidas de porque a via leva o nome de Rodovia da Morte. Levados os corpos e veículos retorcidos, são elas – feitas de ferro ou madeira, enfeitadas com flores frescas ou já esquecidas – que contam as tragédias.

De janeiro até hoje, foram registrados 74 mortes. Desde 2006, a PRF (Polícia Rodoviária Federal), contabiliza 549 mortes na 163. Neste ano, já foram 1.226 acidentes, com 797 feridos.

Sem previsão – De acordo com o superintendente estadual do Dnit, Marcelo Miranda, não há previsão para duplicar a 163. A rodovia vem ganhando terceira faixa em alguns pontos, para facilitar e dar mais segurança às ultrapassagens.

“Não é a solução para a 163. Mas tendo condições vamos melhorando para preservar a vida”, salienta. Segundo Miranda, a 3ª faixa é feita nas subidas, quando as carretas reduzem a velocidade.

Ele explica que aguarda autorização de Brasília para abrir concorrência das obras de recapeamento e abertura de 3ª faixa. A segunda etapa do Crema (programa de recuperação das estradas federais) inclui o trecho da rodovia que vai de Campo Grande a Mato Grosso. O programa também contempla a BR-262.