TRE/MS cassa diploma e tira Rigo da 2ª suplência de deputado

O suplente de deputado estadual, Ary Rigo, foi condenado à perda do cargo, por unanimidade, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) de Mato Grosso do Sul. Segundo investigações, houve saque irregular de dinheiro da conta específica de campanha, cuja destinação o candidato não conseguiu comprovar.

O montante chega a R$ 27,4 mil. Segundo a legislação, os gastos eleitorais devem ser feitos por cheque nominal ou transferência bancária. Ary Rigo não demonstrou o destino do dinheiro sacado sem essas formalidades. Rigo teve 20.581 votos e ficou na segunda suplência do PSDB

Ao tentar provar que utilizou os recursos para pagar cabos eleitorais, acabou juntando documentos que indicaram a utilização de recursos de terceiros para financiamento da campanha, o que não também não é permitido. Na decisão, o TRE reafirmou a relevância das irregularidades denunciadas pela Procuradoria Eleitoral, entendendo que as falhas apresentadas na arrecadação e gastos dos recursos de campanha possuem relevância jurídica necessária à procedência da representação.

Segundo o tribunal, embora o valor não represente um percentual elevado do total gasto na campanha, o valor aplicado ilicitamente deve ser considerado quanto à garantia de eleições limpas e seguras.

Rigo não se reelegeu depois de seis mandatos consecutivos. Às vésperas da eleição em 2010, foi pivô de um dos maiores escândalos de corrupção que vieram a público em Mato Grosso do Sul, o do ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi,  cuja candidatura Rigo apadrinhou. O ex-deputado aparece num vídeo em que informa ao jornalista Leandro Passaia (ex-secretário de Governo de Artuzi) a existência de um suposto mensalão na Assembleia Legislativa.