Sidrolândia
Câmara faz sessão 5ª para votar CPI de empresas investigadas pelo Gaeco
A Câmara Municipal de Sidrolândia faz sessão extraordinária na quinta-feira (27) a partir das 19 horas.
Redação/Região News
25 de Julho de 2023 - 15:15
A Câmara Municipal de Sidrolândia faz sessão extraordinária na quinta-feira (27) a partir das 19 horas, para votar a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as licitações celebradas pela Prefeitura sob investigação do Gaeco, no inquérito 0900214-15.2023.812.0045. É a chamada Operação Tromper, que já teve duas etapas com busca e apreensão de documentos e 4 mandados de prisão, três cumpridos.
O presidente da Câmara, Otacir Figueiredo, se reuniu na segunda-feira com 9 vereadores, quando informou a convocação da extraordinária e apresentou o requerimento de instalação da CPI com 8 assinaturas. Entre os signatários, os vereadores Cleyton Martins, Adavilton Brandão e Gabriel Autocar, até então considerados como da base da gestão municipal. O vereador Cleyton Martins defende a criação da CPI porque a Câmara não poderia ficar só assistindo as operações do Gaeco.
“Nas ruas as pessoas querem que a Câmara cumpra seu papel de fiscalização da correta aplicação do dinheiro. Não tem nada demais abrir uma CPI. Se não houver nada de errado, a comissão vai confirmar isto", avalia. O vereador Carlos Henrique, um dos 9 presentes na reunião, se posicionou contra a criação da CPI porque as investigações estão em andamento no âmbito do Ministério Público. "Na minha avaliação faltam os elementos determinantes para justificar a formação de uma CPI, como a existência de provas das irregularidades. A prefeita já se manifestou interesse em colaborar com o trabalho do GAECO, demitiu os servidores apontados como suspeitos das irregularidades (Tiago Basso e Cesar Bertoldo)", avalia o vereador.
Ele ainda tentou sem sucesso convencer o presidente da Câmara a adiar para a próxima semana, a votação do requerimento de criação da CPI.
Operação
Estão sob investigação do Gaeco os donos de empresas que são suspeitos de integrarem um esquema de sonegação fiscal, peculato, associação criminosa e fraudes em licitações na administração municipal que desde 2018 favorecem as empresas Rocamora Serviços de Escritórios, R&C Comércio Serviços e Manutenção Ltda, Evertom Lucero e 3M produtos. Juntas as empresas receberam R$ 13.727.781,70, valor acumulado nos últimos 5 anos.
Na segunda etapa da Operação Tromper os empresários Roberto Valençuela e Ueverton Macedo, o "Frescura", além do ex-servidor público do setor de compras e licitações da Prefeitura de Sidrolândia, Tiago Basso. Ainda não foi capturado empresário Ricardo José Rocamara, dono da Rocamora Serviços de Escritório, contra quem também foi expedido um mandado de prisão.