Sidrolândia
Coamo traz economista na 2ª-feira para palestra sobre a conjuntura do agronegócio
A palestra vai abordar o cenário atual do agronegócio, tendências de mercado, formação de preços.
Flávio Paes/Região News
23 de Agosto de 2018 - 15:42
A unidade de Sidrolândia da COAMO promove na próxima segunda-feira palestra, aberta a todos os produtores rurais, com o economista Paulo Roberto Molinari, diretor técnico de Safras & Mercados. Vai abordar o cenário atual do agronegócio, tendências de mercado, formação de preços.
Paulo é consultor sênior em agronegócios, especializado nos segmentos de milho e carnes, diretor técnico da empresa Safras & Mercado. A palestra começa às 8 horas, não há necessidade de pagamento e nem de prévia inscrição. Formado pela Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação em Agribusiness pela FAE, Molinari atua há 28 anos em análise econômica e de mercados agrícolas.
Segundo o gerente da COAMO em Sidrolândia, Walmir Flávio Ritter, depois de palestras em Sidrolândia, ele seguirá para Maracaju onde também vai falar aos produtores do município vizinho.
Nas suas palestras tem sustentado que a análise do mercado agropecuário está cada vez mais difícil de ser executada, principalmente devido a velocidade que as informações correm o mundo na atualidade. “O intenso tráfego de dados influencia muito o mercado de commodities; imagine 1,7 bilhão de pessoas realizando operações na Bolsa de Mercadorias de Chicago”, pontuou ele.
O economista diz que para fazer uma previsão mais ou menos assertiva do mercado de cereais e carnes no Brasil é preciso focar a atenção em quatro pontos. São eles:
1 – Situação econômica brasileira, que mexe diretamente com a demanda interna de consumo;
2 – Câmbio, que conforme a sua oscilação acaba refletindo nas transações de venda;
3 – Safras na América do Sul e nos Estados Unidos;
4 – Fluxo de exportação do Brasil. Será preciso tirar trigo e milho do país para escoar a grande produção.
Paulo Molinari também preveniu os ouvintes que atentem ao fato de que a demanda por mercadoria cresce em proporção menor do que a oferta da produção. “Nem sempre alta produtividade se reflete rapidamente em lucratividade”, alertou.
“Além de todos os fatores já citados, ainda temos que acompanhar a evolução do clima mundial”, disse. Molinari informou que a meteorologia está trabalhando com a previsão de climatologia neutra para este ano, que, para ele, é temerário. “Quando temos El Ninõ ou La Ninã sabemos exatamente o que o clima causará na produção, mas quando existe a neutralidade, tudo pode acontecer, pois os modelos climáticos não conseguem realizar previsões de longo prazo com precisão”, explicou.