Sidrolândia
Com nova rodada de entrega de títulos, quase 50% dos assentados do Eldorado já podem escriturar lotes
Até agora foram entregues 869 títulos, sendo 686 do Eldorado e 183 do Alambari, representando 20% dos 4.232 beneficiados.
Redação
31 de Julho de 2022 - 18:48
O avanço da titulação, que na última sexta-feira (29) beneficiou mais 155 famílias, quase metade dos 1,397 assentados do Eldorado estão aptos a escriturar seus lotes e se tornarão de fato e de direito proprietários. Até agora foram entregues 869 títulos, sendo 686 do Eldorado e 183 do Alambari, representando 20% dos 4.232 beneficiados pela reforma agrária em Sidrolândia.
No grupo que recebeu títulos está dona Hilda de Souza, eufórica com a perspectiva de em pouco tempo conseguir escriturar os seus 8 hectares onde tem um pomar, cria galinhas, porcos, patos, planta mandioca, além de milho e soja, em parceria com grandes produtores da região, no formato de arrendamento. Aposentada, teve de enfrentar a burocracia do Incra que ameaçou tirá-la do lote porque era servidora federal. “Meu lote é um cantinho de felicidade”, revela.
Na casa de Valdomiro Souza a comemoração se estendeu por todo o final de semana. Receber o título do lote que lhe custou 6 anos de acampamento, à beira da estrada e dentro da fazenda até o sorteio dos lotes, é motivo suficiente para tanta euforia. “Estamos em festa, assando uma carne pra toda família”, relata. Valdomiro, mesmo sem ter acesso às linhas de crédito do Pronaf, nem apoio financeiro do Incra para construir a casa, tornou o lote de 9 hectares produtivo. “Só reclama que não consegue viver da produção, quem não gosta de trabalhar”, acredita. Ele planta soja e milho em 8 hectares,
Para Eliseu de Souza, o irmão dele, Isaque e a irmã, Jocabase, a titulação é motivo de tripla comemoração. A família tem lotes no Núcleo João Batista, onde se dedicam a pecuária, a cria e recria de bezerros. São 12 hectares, mais 3 hectares de reserva. Os assentados terão de pagar em torno de R$ 8 mil de outorga onerosa, valor parcelado em até 17 meses. Uma lei federal isentou as taxas cartorárias, que poderiam custar R$ 10 mil aos assentados.