Em palestra na Coamo, economista alerta para supersafra americana e disparada do dólar com quadro eleitoral

O economista Paulo Molinari, em palestra na unidade de Sidrolândia, traçou para os 30 produtores presentes, o cenário de curto prazo do mercado da soja que está impactado pela instabilidade interna, gerada pela indefinição da sucessão presidencial, que elevou o dólar a mais de R$ 4,00. Também mostrou as nuances da conjuntura internacional marcada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China e a perspectiva de uma supersafra americana de soja, que começa a ser colhida em outubro. 

Diante da combinação de fatores, Molinari alertou os produtores a ficarem atentos aos desdobramentos desta situação e sugeriu que aproveitem a cotação atual da soja, bastante competitiva, porque este ciclo de valorização pode ser interrompido em outubro.

Atualmente, ainda estão estocados para comercialização 22 milhões de sacas da safra passada, o equivalente a 20% da produção de 110 milhões de sacas. Na atualidade a agricultura brasileira se beneficia da guerra comercial Estados Unidos e China que sobretaxou a soja americana e está pagando um prêmio extra de 2 dólares por bushel (o equivalente a 22 quilos) pelo grão que importa do Brasil. 

A entrada da produção americana pode derrubar o preço atual (R$ 77,00 a saca de 60 quilos) e caso Estados Unidos e China, fechem um acordo, a premiação de 2 dólar por bushel pode acabar.