Estudo da Famasul mostra Sidrolândia com o 3º melhor IDH do Estado

A terceira maior produção de soja do Estado garantiu a Sidrolândia o terceiro maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Mato Grosso do Sul. Um estudo divulgado pelo Departamento Técnico do Sistema Famasul demonstra a importância do cultivo da soja para o sistema agroindustrial, comércio exterior e desenvolvimento socioeconômico do estado. O estudo revelou que os municípios que mais produzem soja também possuem um IDH mais elevado. Na safra 2022-23, a produção total de soja alcançou 15 milhões de toneladas.

O estudo intitulado "A importância do setor do complexo soja para a economia de MS" confirma que a economia do estado é cada vez mais impulsionada pelo cultivo da soja, mostrando assim que o setor agropecuário está profundamente enraizado na história de Mato Grosso do Sul. O cálculo do IDH é baseado na média dos critérios avaliados pelos indicadores de renda, escolarização e expectativa de vida.

"Como Mato Grosso do Sul é um estado muito forte no agronegócio, especialmente na produção de soja, nós buscamos destacar, por meio desse estudo técnico, a importância da soja para a economia estadual. Evidenciamos tanto os aspectos econômicos quanto os sociais, como o IDH. Estabelecemos uma correlação entre os municípios que mais produzem soja e o IDH, e identificamos que os maiores produtores são os que possuem um maior Índice de Desenvolvimento Humano", avalia Jean Américo, analista de economia da Famasul.

Essa grandiosidade pode ser observada ao relacionar os municípios com maior produção de soja e o IDH. De acordo com o estudo do Detec, em uma escala de 0 a 1, a correlação foi de 0,7, evidenciando a importância da produção de soja para o desenvolvimento municipal. As principais cidades produtoras do grão apresentam os maiores IDHs do estado. Além de Sidrolândia, Maracaju, Ponta Porã e Dourados estão entre os quatro municípios com o maior IDH e também estão entre os dez maiores produtores de soja. Isso indica uma correlação entre a produção de soja e o desenvolvimento, que geralmente é impulsionado pelos bons resultados nas lavouras dessas cidades, trazendo evolução direta para os moradores, gerando empregos, impulsionando a economia e afetando positivamente tanto os pequenos quanto os grandes empreendedores locais.

Geração de empregos

A capacidade do complexo soja de gerar empregos também é um aspecto significativo. De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), os setores de "lavouras temporárias", "moagem de soja" e "fabricação de óleo de soja" são responsáveis por cerca de 3,3 mil empregos formais no estado, segundo o estudo técnico. Esses são empregos diretos do complexo soja.

"Temos tanto o impacto direto, que são os empregos gerados pela lavoura, quanto os impactos indiretos, como o transporte e as exportações. Existe todo um segmento que impacta diretamente e indiretamente os empregos gerados pela produção de soja no estado", destaca Jean Américo.

Quando se leva em consideração os empregos indiretos, conforme relatado pelo Detec, são criados 10,3 mil empregos em outros setores, como transportadoras, fabricação de máquinas, comércio, entre outros. Isso totaliza 13,7 mil empregos gerados direta ou indiretamente pelo complexo soja.