Sidrolândia
Famílias ignoram pedido da tropa de choque e mantém ocupação de área perto da esplanada
O clima é tenso no local onde parte da vegetação foi queimada num incêndio, provavelmente provocado e alguns barracos que já tinham sido erguidos foram derrubados.
Flávio Paes/Região News
11 de Outubro de 2019 - 18:36
As 34 famílias que invadiram nesta sexta-feira 2 hectares, vizinha a antiga esplanada da estação ferroviária, ignoram as recomendações dos policiais da tropa de choque da Polícia Militar. Eles mantiveram a ocupação da área, metade pertencente ao produtor rural Orlei Martins Terra e a outra metade, de propriedade de 10 herdeiros do ex-prefeito Epaminondas Brum.
As lideranças do grupo, aparentemente sem vinculação com o grupo que desde junho do ano passado ocupa a antiga esplanada, dizem que só saem da área por ordem judicial e se os proprietários apresentaram escrituras. Continuaram convencidas que a área pertence à União, mesmo depois que receberam cópias das 11 matrículas dos imóveis.
O clima é tenso no local onde parte da vegetação foi queimada num incêndio, provavelmente provocado e alguns barracos que já tinham sido erguidos foram derrubados. O produtor rural Orlei Martins se mantém na área e na segunda-feira deve entrar na Justiça para pedir a reintegração de posse.
Os 14 policiais do Batalhão de Choque e os dois da Polícia Militar Ambiental que vieram da Capital, retornam a Campo Grande após tentar convencer, sem sucesso, as famílias, a deixarem a área. No grupo de sem-terra há pessoas que vieram de Nioaque e por orientação da liderança, ninguém é autorizado a dar entrevista, um método parecido com o adotado pelo MST (Movimento dos Sem Terra). Uma mulher, que aparentemente lidera o grupo, não descarta a possibilidade de expandir a ocupação para propriedades vizinhas, porque segundo ela, todo a área no entorno seria da extinta Rede Ferroviária Federal, ou seja, integram o patrimônio da União.