Sidrolândia
Farmácias de Sidrolândia já enfrentam falta de antibióticos e há risco de desabastecimento piorar
Desabastecimento de medicamentos já chegou às farmácias de Sidrolândia, onde já está em falta uma série de antibióticos.
Redação/Região News
08 de Junho de 2022 - 10:53
O desabastecimento de uma extensa lista de medicamentos, que hoje é um problema de escala mundial, já chegou às farmácias de Sidrolândia, onde já está em falta uma série de antibióticos usados no tratamento de doenças como a Covid-19, dengue, gripe influenza, de grande incidência neste período de tempo, entremeados por oscilações bruscas de temperaturas. O problema ainda não chegou à rede pública que só tem em estoque medicamentos para mais 2 meses.
Em contato com várias farmácias, a reportagem constatou que na Drogaria Vânia há três meses está faltando a versão pediátrica da azitromicina e do amoxicilina, dois antibióticos receitados para crianças com doenças respiratórias ou infecções. Por enquanto só tem disponível remédio para adultos.
Na Drogaria Fabrício também estão em falta azitromicina e amoxicilina e havia três vidros de amoxicilina na versão xarope. O desabastecimento também está acontecendo na Drogaria Sidro, onde o consumidor não encontra amoxicilina 250 mg líquida, azitromicina 600mg, 900mg, 1500mg líquida. Outras opções de antibióticos, como o sulfametoxazol e o cefaclor 250mg, 375mg, indicados para infecções nos pulmões, por exemplo, também não estão disponíveis para venda.
Segundo o farmacêutico Thiago Prata, gerente da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o desabastecimento destes e de outros medicamentos, decorre da combinação de vários fatores (aumento do consumo por causa da pandemia, surtos simultâneos de várias doenças respiratórias), represamento de estoques por parte de vários países europeus, falta do princípio ativo (principal matéria-prima) e de embalagens. China e índia são os principais fornecedores. A China reduziu sua produção porque está em lockdown.
Por conta desta instabilidade de mercado a Prefeitura demorou 7 meses para concluir a licitação para compra de medicamentos. Alguns fornecedores não conseguiram entregar seus lotes porque os laboratórios não tinham os medicamentos para vender. Já há dificuldades para repor os estoques de ibuprofeno, paracetamol, sais de hidratação.
Como efeito do aumento da procura e queda da oferta (a chamada lei da oferta e da procura), os preços explodiram. Uma dipirona que custava R$ 1,00, passou a ser vendida por R$ 5,00. A situação não está pior porque a pedido do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde conseguiu um lote de medicamentos para abastecer a rede pública.