Sidrolândia
Morte de Beto Marreta, escancara colapso do sistema de saúde do Estado
Beto Marreta, é o primeiro dos 51 sidrolandenses que a Covid-19 levou a caminho de um recurso médico mais estruturado.
Flávio Paes/Região News
17 de Março de 2021 - 10:56
Para quem ainda dúvida que o País flerta perigosamente com o colapso do sistema de saúde, seja público e privado, a morte de Alberto Antônio de Almeida, mais que um morador de Sidrolândia, uma personalidade da cena urbana conhecida praticamente por toda a cidade, escancara na nossa vizinhança aquilo que assistimos com ceticismo pelo noticiário da televisão longe de casa, em outras cidades.
Beto Marreta, é o primeiro dos 51 sidrolandenses que a Covid-19 levou a caminho de um recurso médico mais estruturado.
Ele começou a sentir os primeiros sintomas da doença sábado, deu entrada segunda-feira no Hospital Elmiria Silvério Barbosa, foi entubado com agravamento do seu estado e por 48 horas o sistema de regulação não autorizou sua transferência para Capital, mesmo para quem tem plano de saúde.
A Cassems conseguiu nesta madrugada uma vaga em Dourados, a 181 km daqui, Beto morreu no trajeto, antes de ser atendido. Não resistiu a duas paradas cardiorrespiratórias.
Além de estar com seus 15 leitos ocupados, o Hospital Elmiria Silvério Barbosa não tem estrutura para atender os pacientes com o quadro de saúde agravado. Tanto que dos 13 óbitos de moradores da cidade neste mês, 9 pacientes morreram em hospitais da Capital e há pelo menos 10 pessoas internadas em Campo Grande. Não há como atender, por exemplo, aquelas pessoas que o quadro evolui para insuficiência renal e vão precisar de hemodiálise.
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