Sidrolândia
Para não prolongar o sofrimento, família de Júlio não autoriza autópsia e causa da morte não será investigada
Não queremos prolongar o sofrimento, relatou o pai do menino ao Região News.
Flávio Paes/Região News
17 de Fevereiro de 2019 - 20:30
Ainda abalados com a morte do filho, os pais de Júlio Neri Romeiro, que morreu quarta-feira no Hospital Elmiria Silvério Barbosa, após esperar mais de sete horas pelo translado para Campo Grande, resolveram não autorizar a autopsia no corpo do garoto e com isto, não será possível determinar a causa da morte da criança. “Não queremos prolongar o sofrimento”, relatou o pai do menino ao Região News. Os médicos que o atenderam apontaram como possíveis causas, dengue hemorrágica ou meningite.
Ele até agora não entendeu porque a Unimed demorou tanto para autorizar a transferência de Júlio para Campo Grande. Na terça-feira pela manhã, o menino foi internado com 39 graus de febre e o primeiro diagnóstico é que ele tinha algum tipo de infecção, daí estar recebendo antibióticos. Durante a noite, teve diarreia e apareceram manchas no seu corpo, daí a suspeita de que teria dengue. Os exames não confirmaram e as manchas diminuíram bastante.
“Mesmo com a febre, aparentemente estava bem, brincando, conversando e pedindo comida. Até por volta das 10 horas não recebemos nenhuma informação do agravamento do seu estado. Tanto que após sermos informados da necessidade de levá-lo para Campo Grande, resolvi ficar na cidade, para que a apenas a mãe dele o acompanhasse. Só quando o médico da Unimed chegou é que ele nos informara da gravidade do caso e da necessidade inclusive de entubá-lo, porque apresentava problemas respiratórios. Nem ele, nem os médicos do hospital, souberam explicar o que aconteceu. Qual a razão do agravamento do seu quadro tão rápido. Eles descartaram dengue hemorrágica, porque a evolução da doença seria bem mais lenta”, relata.