População indígena de Sidrolândia cresce 33% e 40% mora fora das aldeias

Os dados preliminares do Censo/2022 revelam que a população indígena de Sidrolândia aumentou 33%, percentual acima dos 11% de crescimento da população em geral. Em 12 anos, intervalo entre um censo e outro, o número de indígenas residentes no município passou de 2.072 para 2.775 habitantes, o que corresponde a 5,45% da população sidrolandense de 47.118 moradores.

Outro dado revelado pelo censo é a grande quantidade indígena desaldeados, morando na área urbana. Eles são 1.118, 40% de todos os terena residentes na cidade. A maioria veio de municípios vizinhos atraídos pelas oportunidades de emprego, principalmente nos frigoríficos. Nas aldeias há 1.657 moradores, dos quais 206 (12,43%) não são indígenas.

Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, a população indígena aumentou em 62 deles. Atualmente, o estado possui 69.886 indígenas vivendo em terras indígenas, dos quais 68.534 (98,07%) são indígenas e 1.352 (1,93%) não são indígenas.

Ainda de acordo com os dados do Censo, há 41.247 domicílios particulares permanentes ocupados por pelo menos um morador indígena, com uma média de 3,51 pessoas por domicílio. Essa média é um pouco menor que a média nacional, que é de 3,64, mas maior que a média em todo o Estado, que é de 2,79. A Capital registrou o oitavo maior aumento de população indígena no Brasil entre municípios, passando de 5.898 para 18.439, representando um aumento de 12.541 pessoas.

Terras indígenas 

As seis TIs mais povoadas no país permanecem as mesmas: Yanomami (AM/RR), Raposa Serra do Sol (RR), Évare I (AM), Alto Rio Negro (AM), Andirá-Marau (AM/PA) e Dourados (MS), que possui 13.473 habitantes, incluindo não indígenas que residem na área. A TI do município douradense tem a maior população indígena de Mato Grosso do Sul, seguida pela de Amambai, com 6.861 habitantes, e Caarapó, com 4.414.

Entre os territórios, Jaguapiré apresentou maior crescimento de pessoas indígenas, de 97,1%, passando de 931 para 1.835 habitantes. Por outro lado, a TI Guyraroká teve maior redução, passando de 525 para 87 pessoas indígenas no local.

Mato Grosso do Sul passou a ser a terceira unidade federativa com maior população indígena do Brasil, perdendo a posição anterior de segundo lugar para a Bahia. Ainda assim, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado registrou aumento de 77.025 para 116.346 indígenas. Os baianos superaram MS e assumiram o segundo lugar, com população indígena saltando de 60.120 para 229.103, o maior crescimento do país.