Sidrolândia
Proprietários fecham área para tentar barrar entrada de sem-teto
Área de um hectare vizinha a que foi invadida por famílias de sem-terra, foi cercada numa tentativa de evitar novas ocupações.
Flávio Paes/Região News
17 de Outubro de 2019 - 10:33
A área de um hectare, pertencente a 10 herdeiros do espolio de Ursulina Mercedes Terra, que no último final de semana foi invadida por famílias de sem-terra, foi cercada numa tentativa de evitar novas ocupações. Já a área vizinha, também de um hectare, as famílias continuam lá e o proprietário, Valdivino Sandim, vai entrar na Justiça pedindo a reintegração de posse.
A advogada do proprietário, Djenane Comparin, recorreu a um advogado que conhece alguns dos invasores, na tentativa de buscar uma solução negociada para eles tomarem a iniciativa da desocupação de forma pacífica. Apresentou a documentação que comprova tratar-se de uma área particular, mas as famílias se mostram irredutíveis, só deixam a área mediante ordem judicial. Esta mesma resposta eles deram no sábado, quando uma tropa de 20 policiais (14 deles do batalhão de choque) esteve lá com o mesmo objetivo.
O proprietário crítica a omissão das autoridades (prefeito e vereadores) que estariam assistindo passivamente invasões em pleno centro da cidade, primeiro na antiga esplanada (ocupada desde junho do ano passado por 136 famílias) e agora neste dois hectares, metade pertencente a herdeiros da família do ex-prefeito Epaminondas Rodrigues Brum e o restante é do fazendeiro Valdivino Sandim que adquiriu a gleba há 8 anos do também produtor Orlei Martins Terra. Segundo ele, este grupo de sem-teto é o mesmo que estava acampado às margens da MS-162, no Quebra Coco e ano passado invadiu o Jockey Club, de onde foram retirados pela Polícia Militar, por força de decisão judicial.