Sidrolândia
Sidrolândia já colheu 35% do milho e produção vai passar de 1 milhão de toneladas
Ano passado, em 190 mil hectares, mas com 109 sacas de produtividade, a produção foi recorde.
Redação/Região News
11 de Agosto de 2023 - 13:30
Com incremento de 5 mil hectares na área plantada, mas queda de produtividade (de 108 para 90 hectares), Sidrolândia voltará a colher neste ano mais de um milhão de toneladas de milho, praticamente reeditando a safra recorde do ano passado.
Com 35% da produção colhida, o Sindicato Rural projeta uma produção de 1.053.000,00 de toneladas, com base numa produtividade de 90 sacas por hectare numa área plantada de 195 mil hectares. Ano passado, em 190 mil hectares, mas com 109 sacas de produtividade, a produção foi recorde, 1,114.197,14 toneladas
Segundo o presidente do Sindicato Rural, Paulo Stefanello, como o plantio atrasou e se estendeu além da janela de cultivo (que termina em 31 de março), o cronograma de colheita foi represado.
"Com a falta de estrutura de armazenagem convencional, a opção é o uso de beg que exige nível menor de umidade, 14%, quando num silo, pode se colocar milho com 17% de umidade, o processo de secagem faz a adequação", lembra.
Histórico
No ano passado, os produtores sidrolandenses com a colheita de 1.114.197,14 de toneladas, alcançaram um incremento de 83,14% sobre o resultado obtido na safra passada (677.686,22 toneladas), que foi prejudicada pela estiagem. Em 2021 a área plantada foi de 191.713,32 hectares, o volume insuficiente de chuva, resultou numa produtividade de 58,91 sacas por hectare, resultando na colheita de 677.686,62 toneladas.
Em 2020, houve o plantio de 180.470,75 hectares, a produtividade foi de 91,4 sacas, garantindo a obtenção de 989.890,88 toneladas. Há 4 anos a colheita, em 2019, chegou a 1.058.704,59 de toneladas com uma produtividade de 96,80 sacas por hectare numa área plantada de 180.470,75 hectares. No ano anterior, 2018, houve o cultivo de 187.356,61 hectares, com 59 sacas colhidas por hectare, somando 663.242,40 toneladas.
Panorama estadual
Mato Grosso do Sul deve ter a segunda colheita recorde na safra 2022/2023. Após colheita de 15 milhões de toneladas de soja, o Estado pode retirar das lavouras uma produção de milho que ultrapassa os 12,7 milhões de toneladas colhidas no ano passado.
De acordo com o secretário de Estado da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a expectativa é de uma nova supersafra.
"Tivemos uma supersafra de soja, batemos 15 milhões de toneladas com 4 milhões de hectares plantados. E as condições climáticas que têm se apresentado são adequadas, a gente deve ter também uma supersafra de milho aqui em Mato Grosso do Sul", disse ao Correio do Estado.
Conforme dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), divulgados no boletim Casa Rural da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), a área destinada ao milho segunda safra 2022/2023 apresenta uma expectativa de crescimento de 5,4% em relação ao ciclo anterior (2021/2022), totalizando 2,325 milhões de hectares.
A produtividade média é estimada em 80,33 sacas por hectare, o que gera expectativa de 11,2 milhões de toneladas para a 2ª safra 2022/2023. No entanto, conforme a projeção de supersafra citada pelo secretário, a colheita do milho pode passar de 12,7 milhões de toneladas.
Segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, até 5 de junho, Mato Grosso do Sul já havia comercializado 21,35% do milho 2ª safra 2022/2023, que representa 1,65 ponto porcentual abaixo do índice apresentado no mesmo período de 2022.
Com maior oferta do cereal no mercado, a tendência, assim como tem acontecido com a soja, é de preços abaixo do esperado. Conforme o boletim Casa Rural, a saca com 60 kg de milho apresentou queda de 46,14% em um ano.
Na primeira semana deste mês, a saca foi comercializada pelo valor médio de R$ 40,98, enquanto no mesmo período de 2022 a saca do cereal era comercializada a R$ 76,08 no mercado físico de Mato Grosso do Sul.
Conforme dados da Granos Corretora, ontem, a saca fechou o dia comercializada a R$ 39 em Campo Grande; em Chapadão do Sul, foi a R$ 40; em Maracaju, Ponta Porã e Sidrolândia, foi a R$ 41; e em Dourados e São Gabriel do Oeste era negociada a R$ 42.