Tip Top confirma fechamento em dezembro e aceita alugar prédio para grupo de empresas

A Tip Top vai mesmo fechar em dezembro sua fábrica de Sidrolândia, aberta há 20 anos. O secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ademir Osiro, ouviu do próprio diretor da empresa, David Bobrow, a confirmação de que a decisão de concentrar em Campo Grande a produção, é irreversível dentro da estratégia de reduzir custos. A indústria, que chegou a gerar 400 empregos, mantinha até recentemente 150, mas há 15 dias deu aviso prévio para 16 trabalhadoras, algumas delas com 18 anos de casa.

O empresário mostrou-se receptivo a ideia do secretário Ademir Osiro, de alugar as instalações da fábrica para 3 ou 4 indústrias do setor do vestiário instaladas na cidade, que dividiriam o custo da locação. “Temos algumas conversas preliminares e acredito que será possível fechar as parcerias e garantir pelo menos 600 empregos”, acredita Ademir.

Visita a prefeita

O fechamento da fábrica de Sidrolândia da Tip Top já era decisão tomada desde o mês passado. Na primeira semana de junho o diretor da empresa, David Bobrow, se reuniu com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, quando manifestou intenção de levar a fábrica para a Capital onde mantém um centro de distribuição no Polo Empresarial Oeste.

Além da necessidade de reduzir custos, as dificuldades para contratação de mão de obra na cidade foi um dos motivos para a tomada desta decisão. Recentemente a Prefeitura custeou um curso de costura industrial na própria indústria, mas só 17 alunos concluíram a formação.

A indústria de roupas e acessórios para bebês e crianças foi fundada em 1952, por Eugênio Saverin – avô de um dos cofundadores do Facebook, Eduardo Saverin –, na Barra Funda, em São Paulo. A marca foi vendida em 1987 para a indústria TDB Têxtil (fundada em 1933). O atual presidente, Bobrow, está no comando desde 1995, quando tinha 21 anos.

Em 2007 a fábrica inaugurou um centro de distribuição em Campo Grande, no Polo Oeste, com dois galpões. No local são gerados por volta de 150 empregos. A ideia do empresário é transferir todos os empregos para uma única unidade. A indústria possui 140 franqueados por todo Brasil – especialmente em shoppings –, sendo duas lojas em Campo Grande.