SIDROLÂNDIA- MS
Após 15 meses, trabalhador prova erro de investigação e se livra de julgamento por homicídio
Foram quase 15 meses de batalha judicial, a contar de 30 de novembro do ano passado, quando a Justiça acatou a denúncia.
Redação/ Região News
31 de Março de 2024 - 20:00
Foram quase 15 meses de batalha judicial, a contar de 30 de novembro de 2022, quando se tornou réu, o trabalhador Natanael de Souza Pereira, conseguiu se livrar da acusação de homicídio qualificado por motivo fútil, provando que houve erro na investigação que corroborou o inquérito e a própria denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça.
Natanael seria levado ao banco dos réus com o risco de ser condenado a pelo menos 12 anos de prisão. Após recorrer sem sucesso ao Tribunal de Justiça e até o Superior Tribunal de Justiça, só no último dia 22 o Ministério Público se convenceu de que na realidade Natanael, residente em 345 km de Sidrolândia, não matou na noite de 28 de novembro de 2021 em um bar no Assentamento Vacaria, Cirleno Vaz Almeida.
Na noite do crime estava em casa, após cumprir jornada de trabalho no Frigorífico Frango Bello, onde desde 23 de março de 2020 era funcionário. Ele foi confundido com um homônimo, Natanael Martins Fonseca cujos pais também são de Itaquiraí.
As coincidências não param por aí. Os sobrenomes são diferentes, assim como filiação, a idade e o endereço. A confusão se estabeleceu porque com base na informação dada à Polícia pela mãe da vítima, Lizena Oliveira, de que o pai de Natanael, suposto assassino do filho, se chama Davi. Nas buscas ao banco de dados do Instituto de Identificação, a Polícia Civil chegou a Natanael. Ele é filho de Davi Dias Pereira e Sandra de Souza. Nasceu em 28 de setembro de 2001.
Já o homônimo, que está foragido e desde 22 de março tornou-se réu da morte de Cirleno Vaz, tem o sobrenome Martins Fonseca, nasceu dois anos antes (25/12/1999) e seus pais se chamam Dulcemar da Silva Martins e Albino de Souza Macedo, residentes na Rua Souza Bueno em Itaquiraí. Natanael, o que foi vítima do erro, na noite do crime estava dormindo em casa na Rua Primavera, Jardim Primavera. Os pais dele residem na Rua dos Pardais.