SIDROLÂNDIA- MS
Assentados do Flórida vão cobrar assistência técnica em Dia de Campo na 3°-feira
Os 113 produtores do Assentamento Flórida estão esperançosos que as principais reivindicações da comunidade ganharão visibilidade serão ouvidas pelos técnicos.
Redação/ Região News
28 de Abril de 2024 - 20:52
Os 113 produtores do Assentamento Flórida estão esperançosos que as principais reivindicações da comunidade ganharão visibilidade serão ouvidas pelos técnicos das 20 instituições públicas e privadas convocadas para o Dia Campo programado para esta terça-feira, das 8 às 11h30. Será uma reunião de trabalho mobilizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente.
"A ideia é oferecer uma oportunidade para os pequenos produtores apresentarem suas demandas, apontarem as dificuldades e também terem informações como o acesso às linhas de crédito disponíveis para a agricultora familiar", explica o secretário Edno Ribas.
O Flórida, assentamento que surgiu há 16 anos quando um grupo de produtores se juntou para comprar a propriedade localizada às margens da MS-162, com recursos do Crédito Fundiário e que foi dividida em 117 parcelas de sete hectares.
Na lista de reivindicações estão demandas como ajuda para compra de calcário, queixas dirigidas a Energisa em relação ao alto custo da conta de energia elétrica; reclamações sobre a falta de assistência técnica da Agraer e dificuldade para custear o conserto da embreagem do trator cedido pela Prefeitura e usado de forma comunitária .
O presidente da Associação que reúne os agricultores do Flórida, André Testolin, admite que boa parte dos vizinhos não consegue renda para se manter e a família.
"Precisam de apoio para reformar as pastagens e melhorar a produtividade do gado leiteira; assistência técnica para melhorar a produção de mandioca, verduras e legumes", diz Testolin.
Desde 2016 ele e a mulher se dedicam a produzir e a vender mandioca que vende descascada embalada com marca própria nos mercados da cidade. Tem um hectare de lavoura, mas não consegue ampliar a produção por falta de tempo. Com isto, tem que comprar em locais como o Assentamento Eldorado pagando mais caro, boa parte da mandioca que precisa para manter suficiente sua micro indústria. " Gostaria de comprar aqui no próprio assentamento, gerando dinheiro aqui na vizinhança". Os índios da Aldeia Córrego do Meio, que faz divisa com o assentamento, pararam de produzir porque as lavouras foram atacadas pela mosca branca e não conseguem combater a praga que destroem o mandiocal.
Outra dificuldade dos assentados é com a conta de energia elétrica. Para manter funcionando por 24 horas a bomba do poço que abastece o assentamento, a conta fica em R$ 4.500,00 por mês, que deveria ser rateada entre os moradores. " Você não tem onde reclamar. O atendimento é feito por robôs.", reclama André, que para manter sua pequena indústria gasta mensalmente R$ 1.500,00.