SIDROLÂNDIA- MS
Câmara aprova por 10 votos a 5 doação de 41/ha para nova fase do complexo da Inpasa
Legislativo Municipal aprovou em regime de urgência projeto do Executivo que autoriza a Prefeitura de Sidrolândia doar uma área de 41,24 hectares para a Inpasa.
Redação
09 de Abril de 2024 - 11:31
Por 10 votos a 5, a Câmara Municipal aprovou em regime de urgência projeto do Executivo que autoriza a Prefeitura de Sidrolândia doar uma área de 41,24 hectares para a Inpasa construir a segunda etapa do complexo industrial em implantação na saída para Campo Grande. O projeto foi encaminhado semana passada ao Legislativo e não foi votado porque a procuradora jurídica da Câmara, Camila Zaidan, deu parecer contrário com base no entendimento de que a doação não poderia ser efetivado agora em função da legislação eleitoral.
Temerosos de sofrer sanções futuras em termos de inelegibilidade, os vereadores tiraram a proposta da pauta. Ontem, segunda-feira, a prefeita Vanda Camilo se reuniu com os vereadores da base apelando para o projeto fosse votado nesta terça-feira, diante do risco do município perder aproximadamente R$ 1 bilhão de investimento. Ela apresentou parecer do Procuradoria Jurídica mostrando a legalidade da votação porque só da continuidade a um procedimento que foi iniciado em fevereiro quando o Governo do Estado fez o repasse de R$ 6.068.227,85 para o município indenizar o proprietária da área desapropriada.
"Eu não quero passar para a história como a prefeita que impediu Sidrolândia de receber um investimento desta magnitude, com geração de emprego e renda", comentou a prefeita. Ela procurou tranquilizar os vereadores sobre eventuais consequências jurídicas para o futuro político deles. "Eu arcarei com as consequências, se que é haverão", destacou .
Projeto
A área desapropriada é contígua aos 98 hectares onde a Inpasa está investindo R$ 1,2 bilhão na implantação da 1ª etapa do seu complexo industrial onde será produzido etanol do milho e componentes de ração animal. O canteiro de obras mobiliza 1.200 trabalhadores e a previsão é que em agosto a unidade comece a receber milho para ser processado a partir de outubro. Nesta nova etapa, que vai dobrar a capacidade de produção da unidade, devem ser investidos mais R$ 1 bilhão.
O projeto inclui a construção de armazéns com capacidade para mais de 1 milhão de toneladas de grãos e tanques de fermentação. A unidade vai processar, anualmente, 1 milhão de toneladas de cereais para uma produção de 460 milhões de litros de etanol, 230 mil toneladas de DDGS, 23 mil toneladas de óleo e 200 GWh de energia elétrica.