Em minutos, vendaval destelha casas, derruba árvores e postes na sede do Eldorado

O fenômeno meteorológico durou alguns minutos no início da quinta-feira passada, mas foi o suficiente para provocar estragos na sede do Assentamento Eldorado. O vendaval de 100 km /h, acompanhado de chuva, arrastou o telhado de pelo menos 10 casas na agrovila do Eldorado, provocou estragos na Escola Estadual Paulo Firmo, derrubou árvores e pelo menos três postes e com isto só no sábado de madrugada o fornecimento de energia elétrica foi restabelecido. As aulas tiveram de ser suspensas na quinta e sexta-feira.

A comerciante Fernanda Nascimento perdeu aproximadamente R$ 5 mil em rações para pets, quirela usada na alimentação de criações domésticas. As 11 telhas e a cumieira do salão do pequeno comércio voaram com a força do redemoinho. Tudo que havia lá ficou encharcado, impróprio para o consumo e venda.

Quem também ficou no prejuízo foi dona Ana Maria Paes, 57 anos, dona de um  pequeno restaurante às margens da MS-258, no Eldorado 2. O vendaval destelhou a cozinha e o espaço reservado aos clientes. "Passei a servir refeições e vender marmitex para garantir uma renda extra", explica. Ela e o marido desistiram da pecuária leiteira, venderam o rebanho para levantar recurso. Atualmente sobrevivem com a renda obtida com o arrendamento para o plantio de soja de 6 dos 9,8 hectares do lote, já que a aposentadoria do companheiro está quase toda comprometida por empréstimos consignados.

O vendaval adiou o projeto de Ariovaldo Oliveira de mudança para a agrovila. Antes do temporal só faltava fazer o contrapiso. O vendaval arrancou as telhas e as vigas, deixando a peça ao relento.